Sábado, 23 de julho de 2016
Mandados judiciais que autorizaram a prisão dos dez suspeitos foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba
Antônio foi preso em JP
A Polícia Federal (PF) anunciou, na manhã desta sexta-feira (22), que os dez presos na Operação Hashtag, suspeitos de preparar atos terroristas, foram transferidos nesta madrugada para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Eles foram presos nessa quinta-feira (21) em dez estados diferentes.
Entre
eles, há um suspeito preso em João Pessoa, no bairro de Cruz das Armas. A
Polícia Federal atualizou essa informação e disse que divulgou o local da
prisão como Cabedelo, acrescentando que precisou omitir informações por
questões de segurança. Antônio Andrade dos Santos Júnior, de 30 anos, é
formado em Comunicação Social e adotou o nome de Ahmed Al-Falluji.
Eles
deverão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e
realização de atos preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei
13.260/2016, conhecida como Lei Antiterrorismo.
A lei
diz, no Artigo 2º, que “terrorismo consiste na prática por um ou mais
indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia,
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos
com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo
pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública". De acordo
com a lei, atos de terror são: “usar ou ameaçar usar, transportar, guardar,
portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos
biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou
promover destruição em massa”.
Segundo a
legislação, caso o acusado seja condenado, ele está sujeito a uma pena de 12
anos a 30 anos de prisão, “além das sanções correspondentes à ameaça ou à
violência”.
As
investigações da Operação Hashtag, de acordo com a PF, começaram em abril com o
acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo. Os suspeitos
presos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e
planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no
exterior.
Os
mandados judiciais que autorizaram a prisão dos dez suspeitos foram expedidos
pela 14ª Vara Federal de Curitiba. As prisões e mandados de busca e apreensão e
de conduções coercitivas foram cumpridos nos estados do Amazonas, Ceará, da
Paraíba, de Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, de
Mato Grosso e do Rio Grande do Sul.
Portal Correio, com
Agência Brasil