Quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Lula é o melhor presidente do
Brasil, fez coisas boas para o povo, é injustiçado e perseguido. E, se for
candidato em 2018, é o preferido da maioria dos brasileiros.
Essa é uma das principais conclusões da 5ª rodada da pesquisa
CUT/Vox Populi, realizada depois do 1º turno das eleições municipais e, também,
depois das manchetes que destacaram a decisão do Ministério Público do Paraná
de tornar Lula réu por supostos crimes que os procuradores não conseguiram
provar, mas têm convicção de que ele cometeu.
Cresceu para 34% o percentual dos brasileiros que pretendem
votar em Lula para presidente, em 2018, na pesquisa estimulada de intenção de
voto – em abril e junho, a intenção de voto em Lula era de 29%.
Se concorrer à presidência da República em 2018, Lula ganhará de
Aécio Neves/PSDB (15%), Marina Silva/Rede (11%), Jair Bolsonaro/PP (7%) e Ciro
Gomes/PDT (5%). Se o PSDB trocar Aécio por Geraldo Alckmin, Lula ganha também –
35% contra 12%. 17% não declararam em quem vão votar e entraram na coluna de
ninguém/branco ou nulo. Outros 10% não souberam ou não quiseram responder.
Lula atinge 28% na pesquisa de voto espontâneo para presidente
em 2018. Nessa modalidade em que não é apresentado nenhum nome para os
entrevistados, Aécio tem 6%, Alckmin tem 3%; Marina, 3%; Fernando
Henrique (PSDB), 2%; Joaquim Barbosa (sem partido), 2%; Ciro Gomes,
1%; Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV), 0%. 12% declararam que não
vão votar em ninguém/branco ou nulo. E 35% não sabem ou não responderam.
42% dos entrevistados disseram que Lula foi o melhor presidente
do Brasil, 19% não sabem ou não responderam, 12% acham que nenhum foi bom, 9%
citaram outros, 2% apontam José Sarney e Dilma Rousseff e 1% Itamar
Franco.
Aumentou para 56% (em abril era 36%) o percentual de
entrevistados que consideram que suas vidas melhoraram nos governos de Lula e
Dilma. Para 28%, nem melhoraram nem pioraram e apenas 14% acham que
piorou. No Nordeste, o percentual dos que responderam que a vida melhorou é de
75%, no Centro-Oeste/Norte de 60%, no Sudeste 48% e no Sul 40%.
À pergunta sobre qual o “sentimento em relação a lideranças
políticas”, 43% disseram que gostam de Lula, 36% não gostam e apenas 1% não
soube ou não quis responder.
Os percentuais dos que não gostam de Temer (53%), Aécio (51%),
Serra (43%) e Alckmin (39%), em comparação aos percentuais dos que
gostam, provam que a perseguição e as tentativas de destruir o legado de Lula
como pessoa e como presidente não contaminaram o povo nem tampouco
contribuíram para melhorar a imagem dos seus opositores. Apenas 13% declararam
gostar de Temer, 17% de Aécio, 19% de Serra e 21% de Alckmin.
A avaliação de Lula como pessoa e como político é positiva
para 43% dos entrevistados. No Nordeste, o índice sobe para 67%, no
Centro Oeste/Norte a 48%, no Sudeste 33% e no Sul 21%.
30% dos brasileiros avaliaram Lula regular como pessoa e
político, 25% negativo e 2% não sabem ou não responderam. No Nordeste, o
percentual de negativo cai para 5%, regular 27% e apenas 1% não sabe ou
não respondeu.
95% dos entrevistados ficaram sabendo que Lula foi indiciado
pelos procuradores da Lava Jato.
Quanto à isenção dos procuradores, a pesquisa constatou que o
Brasil está dividido. Para 41%, os procuradores sempre atacam Lula e os
petistas, mas não fazem nada contra os políticos do PSDB e do governo Temer.
Para 43%, esses procuradores são justos e tratam todos os políticos da mesma
maneira. 16% não sabem ou não responderam.
65% consideraram errado o fato de os procuradores dizerem que
não conseguiram provas de que Lula agiu de forma desonesta, mas que estavam
convictos de que ele agiu errado. 29% acharam correto Lula ser acusado sem
provas.
Para a maioria dos brasileiros, Lula acertou mais do que errou.
Para 62% dos entrevistados, Lula cometeu erros, mas fez muito mais coisas
certas pelo povo brasileiro e pelo Brasil. 31% acham que ele errou mais do que
acertou.
A pesquisa foi realizada depois do resultado das eleições, entre
os dias 9 e 13 de outubro. Foram entrevistadas 2 mil pessoas com idade superior
a 16 anos do Distrito Federal e de todos os estados brasileiros, exceto
Roraima, de todos os segmentos econômicos e demográficos em 116 municípios.
Brasil
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