Terça-feira, 15 de novembro de 2016
Quem seria louco de dizer que não quer Lionel Messi no seu time? O maior jogador da última
década está sempre na mira da imprensa a respeito de seu futuro. Principalmente
agora que o argentino não quer renovar seu contrato com antecedência com o
Barcelona, a temporada de especulações está novamente aberta. Quem pode tirar
Messi do Camp Nou?
O contrato do camisa 10 com o Barça vai até junho de 2018,
portanto, no fim da próxima temporada. Até lá, muita coisa pode acontecer. Aos
29 anos e ainda em seu auge técnico, o argentino já foi sondado pelo Manchester
City em temporadas anteriores. Agora que Pep Guardiola é o comandante da equipe
inglesa, a probabilidade aumentou. Segundo o jornal espanhol “Marca”, há uma
chance de que Messi nem sequer encerre seu contrato como jogador do Barça. Para
que isso aconteça, os interessados terão de desembolsar cerca de 250 milhões de
euros para bancar a multa rescisória, a única forma de tirar o craque dos
catalães. Entretanto, ainda haveria uma pequena condição para que isso
acontecesse: Lionel de fato querer sair do clube.
Os quatro títulos europeus e oito conquistas da Liga Espanhola de
certa forma acabaram com os grandes desafios que Messi poderia ter. Beirando os
30 anos, o atleta já deu declarações públicas que causaram a impressão de que
ele não se sente desafiado e que pode muito bem deixar o Barcelona para entrar
em uma nova fase de sua carreira. Como ele só defendeu o Barça e a Seleção
Argentina até hoje, fica a sensação de que ele tem interesse em buscar outros
ares.
Questões de fair play financeiro da Uefa à parte, apenas
Manchester City, Manchester United e Paris Saint-Germain teriam condições de
contratar Messi em curto prazo. Pode até ser que surja uma nova potência
econômica com receitas suficientes para bancar o alto valor exigido por ele
antes do fim do contrato. Depois de 2018, quando Lionel estaria livre para
negociar com qualquer outra equipe, o leque de possibilidades aumenta. E aí
vira apenas uma questão de bancar salários.
Vamos então supor que City,
United, PSG, Bayern e Juventus possam pagar o valor absurdo que Messi
recebe por mês. Como seria se ele efetivamente assinasse por algum deles? Vale
observar desde já que isso não é especulação ou informação, trata-se apenas de
um exercício de imaginação.
No Manchester
City, Messi
chegaria para tomar o espaço do setor ofensivo. Se até lá Agüero ainda estiver
no clube, a contratação do melhor do mundo poderia muito bem significar uma
porta de saída para o artilheiro, que já parece estar com os dias contados nos
vestiários. Muita gente na Inglaterra diz que Guardiola não o quer por lá.
Com Messi, o City pode sonhar alto na Liga dos Campeões e provavelmente viraria
uma potência dominante na Premier League. A concorrência iria tremer na base.
Pelo Manchester
United, Messi poderia fazer uma dupla de ataque dos sonhos com
Ibrahimovic. A parceria não deu muito certo no Barcelona por causa de
Guardiola, afirmou Ibra, mas com mais experiência e em outro contexto, será que
esses dois não seriam a combinação perfeita para o sucesso? E com Pogba
ajudando na armação, seria um belo de um trio. Difícil projetar o United nestas
condições sem ser campeão inglês ou chegando no mínimo em uma semifinal
europeia. Quem tiver de pilotar essa máquina vai ter problemas para lidar com o
ego nos vestiários, mas dentro de campo o time seria incrível. Também é cedo
para dizer que o técnico continuará sendo José Mourinho até lá. Rooney, que há
muito tempo não impressiona com a camisa dos Red Devils, teria de procurar
outro lugar para jogar.
No Paris Saint-Germain,
Messi reviveria a dupla com Di María. É a peça que falta para que os
parisienses deixem de ser apenas uma força nacional e aterrorizem a Europa.
Pode até ser que não sejam campeões continentais, mas um time que conta com Di
María, Cavani e Messi na linha ofensiva coloca medo em qualquer um. Pobres dos
adversários medianos que o PSG enfrenta no Francês, estes seriam vítimas de
atuações espetaculares de Messi, que reinaria absoluto em uma liga fraca.
O Bayern continuaria
nadando de braçadas na Alemanha, juntando Messi com Lewandowski, Thomas Müller
e Douglas Costa. Essa máquina de gols de Carlo Ancelotti faria pelo menos
duas goleadas por mês na Bundesliga e aniquilaria os rivais Borussia Dortmund,
Borussia M’Gladbach, Hertha Berlim e Wolfsburg com ampla margem de pontos na
tabela. Na Europa, seria tão óbvio apostar no Bayern como campeão que uma
eliminação nas quartas de final para o Atlético de Madrid não estaria fora de
cogitação. Em suma, o Bayern com Messi seria ainda mais intimidador, quase como
se colocássemos um boxeador da categoria peso-pena para lutar com um
canguru-robô em 12 rounds. Pense no tamanho do massacre.
Por fim, Messi na Juventus seria a forma de garantir que
Higuaín não ficasse marcado sozinho por perder gols em decisões. Campeã
doutrinadora de rivais, a Juve certamente seria campeã italiana com o trio
Dybala-Higuaín-Messi. Se você já se encanta com os golaços de Dybala, espere
para ver o que ele poderia fazer acompanhado de compatriotas igualmente letais.
Os bianconeri poderiam escalar o time reserva e mesmo assim vencer a Serie A e
a Copa da Itália. Na Champions, o título volta a ser possível, já que na última
vez que foram vice-campeões, era justamente o Barça de Messi, Suárez e Neymar
do outro lado. Uma revanche entre os dois clubes poderia ser um pouco mais
equilibrada com Messi vestindo alvinegro. E aí quem sabe os torcedores
juventinos comemorem a terceira taça europeia, após mais de duas décadas de
espera
Por Felipe Portes / Yahoo Esportes