Sábado, 19 de novembro de 2016
O
presidente da Fifa, Gianni Infantino, reafirmou o desejo de ampliar a Copa do
Mundo para 48 seleções, mas isso não quer dizer que o torneio ficará
necessariamente maior. Em entrevista ao jornal “Mundo Deportivo” nesta
sexta-feira, ele revelou que pretende criar uma espécie de repescagem com 32
equipes, das quais 16 se juntariam a outras 16 classificadas diretamente para a
fase de grupos. Além disso, disse que pretende implementar uma espécie de
Champions League Mundial até 2019.
- Sim, por que não (começar já em
2019)? Será como uma Champions mundial de três semanas. Seria disputada na
segunda metade de junho, quando todos os torneios já tiverem terminado. E não
teremos pressa, vamos considerar a saúde dos jogadores.
Além da criação da competição de
clubes, que poderia abolir, por exemplo, a Copa das Confederações, Infantino
detalhou como será essa Copa do Mundo mais inchada.
- Primeiro de tudo, não são exatamente 48 finalistas, mas 48
participantes. Digo: em primeiro lugar, haverá 16 equipes, as melhores,
classificadas diretamente pelos resultados nas eliminatórias. Além disso, será
realizada uma repescagem com 32 seleções, com 16 duelos, em um confronto direto
de partida única na qual 16 equipes serão adicionadas às 16 que já estavam
classificadas inicialmente. No total, teremos 32 seleções, o mesmo que temos
atualmente na Copa do Mundo.
Gianni Infantino diz que Marrocos concorre
com os EUA pela Copa de 2026 (Foto: Reuters)
Para
Infantino, a ideia é abrir a competição mais importante do mundo para um maior
número de países.
- Continuaremos com 32
participantes na fase final, mas haverá mais equipes participantes na Copa do
Mundo, mesmo que apenas em um jogo de vida ou morte. Quem ganhar, vai jogar;
quem perder, volta para casa, mas terá participado de uma Copa, o que é muito
importante para muitos países.
Questionado sobre a possibilidade
de levar o Mundial de 2026 para os Estados Unidos, o presidente da Fifa citou
que a outro país em sediar a Copa neste ano.
- Eu sei que Marrocos também está
interessado em organizar.
Por fim, falou da possibilidade
de mudar os critérios do ranking da Fifa, hoje liderado pela Argentina.
- Devemos tentar encontrar uma fórmula mais justa para fazê-lo. Eu
não sei teremos tempo para mudar isso até a Rússia Copa do Mundo em 2018. Vamos
trabalhar contra o relógio.
Globo Esporte