Segunda-feira, 21 de novembro de 2016
O presidente Michel
Temer disse nesta segunda-feira, 21, durante discurso de abertura do 45ª
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, que
além do déficit nas contas públicas ao assumir o governo ele encontrou também
“um certo déficit de verdade” e que não seria possível continuar neste caminho.
“É preciso encarar os fatos tal como são”, disse. “Agora a realidade bate a
porta e cobra naturalmente o seu preço”, disse.
Temer afirmou que
“não há dialogo construtivo sem franqueza” e ressaltou que o diálogo é um dos
suportes de seu governo “ao lado da ideia de que é preciso reformar para
crescer”. Disse ainda que seu objetivo de retomar o crescimento é gerar emprego
e voltou a destacar que “o dialogo não deve ser mero acessório, é traço
fundamental na democracia”.
Ao abrir a reunião,
Temer comentou que “não nos falta determinação para agir, assim como não nos
falta humildade para escutar” e afirmou que “humildade é menos para falar e
mais para escutar”. “Nesse conselho teremos canal privilegiado para
interlocução com diversos setores”, afirmou.
Antes de sua fala,
Temer cumprimentou cada um dos conselheiros e disse que dava boas-vindas a
novos 59 integrantes. O presidente destacou ainda que o grupo atual é mais
representativo e destacou que há o dobro de mulheres nesse Conselhão. “A mulher
hoje é produtora da riqueza nacional”, disse. “Vejo nessa sala uma
extraordinária soma de talento e espírito público. Vamos trabalhar para que
vejam em nós um governo de abertura ao diálogo e união de esforços.”
Ele voltou a destacar
também a importância do legislativo para o governo. “É importante ter o apoio
do parlamento para que tudo que nós produzimos a favor do país seja avaliado”,
disse.
O presidente afirmou
ainda que a governabilidade significa o apoio da sociedade e que os
conselheiros agora passam a fazer parte do governo e “serão os agentes da
governabilidade”.
Pacificação do Brasil
Temer disse que um
dos principais objetivos do colegiado é pacificar o Brasil. Para ele, não pode
haver uma “cisão raivosa” entre os brasileiros.
“Não há como
continuar com o Brasil dividido. Dividido em ideias, não tem importância,
dividido em conceitos, não tem importância, porque a democracia vive da
controvérsia, da contrariedade, porém argumentativa. Não pode haver uma cisão
raivosa entre os vários brasileiros, nós que sempre tivemos fama de ser
conciliadores e amigáveis”, disse o presidente.
Temer afirmou que, ao
assumir o governo, em maio deste ano, encontrou o País imerso em uma das piores
crises da história. Nesse contexto, disse, era necessário construir pontes e
articular consenso. “Era necessário restabelecer relação harmônica entre os
poderes”, destacou o presidente da República.
IstoÉ