Sexta-feira, 02 de dezembro de 2016
O presidente Michel
Temer disse na tarde desta quinta-feira (1º), em São Paulo, que "não há
nenhuma vara de condão que recupere da noite para o dia uma economia golpeada
há alguns anos de uma política equivocada". O presidente participou na tarde
desta quinta de um evento para investidores promovido pelo JP Morgan, no Hotel
Hyatt, na Zona Sul de São Paulo.
"Precisamos de
serenidade e paciência. O que precisamos é por a casa em ordem", disse
Temer. "Há uma certa ansiedade para que tudo se resolva . Não se resolve
em seis meses."
"O que
precisamos fazer é por a casa em ordem . Preciso atender a alguns pressupostos.
Tirar o país da recessão", disse o presidente.
"Há um clima de
uma certa unidade dos setores governamentais com vistas a tirar o país da
recessão. Depois, virá o crescimento", afirmou.
No último dia 16, em jantar no Palácio da Alvorada que incluiu
parlamentares e ministros, Temer admitiu que o país enfrenta uma recessão
“profunda e extremamente preocupante”. Na ocasião, ele disse que são
necessárias “medidas amargas” para reverter esse cenário. O encontro havia sido
marcado para que o presidente pedisse apoio de senadores para a aprovação da
PEC 55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Reunião com governadores
Pela manhã, no Palácio do Planalto, em Brasília, Temer se reuniu com o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula
Vescovi, e cinco governadores para discutir a crise financeira dos estados.
Participaram do
encontro os governadores Luiz Fernando Pezão (RJ), Raimundo Colombo (SC),
Rodrigo Rollemberg (DF), Simão Jatene (PA) e Wellington Dias (PI).
O rombo nas finanças
tem afetado a maioria dos estados. Alguns deles estão sem dinheiro até para
pagar a folha do funcionalismo. Os casos mais críticos são os do Rio de Janeiro
e do Rio Grande do Sul.
Dos 27 estados
brasileiros, quatro tiveram recuo no Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 na
comparação com 2013, de acordo com a pesquisa Contas Regionais 2014 divulgada
no início desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
G1