Sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
O senador paraibano Raimundo Lira, do PMDB,
saiu em defesa, nesta quinta-feira (15), da manutenção da Operação Lava Jato,
realizada para combater a corrupção na gestão pública, que revelou uma sangria
de pagamento de propinas a agentes políticos em detrimento de benesses a
coletividade.
Na opinião do paraibano, a operação é necessária para “Lavar o Brasil” da
corrupção e deve continuar sendo apoiada e incentivada pela população.
“A operação é um instrumento que eu gosto de chamar de Lava Brasil, porque
estamos passando por um período que o trabalho da Operação Lava Jato tem que
ser prestigiado e valorizado, porque não poderíamos mais suportar tantos
desvios, tantas corrupções no nosso país. Não estou falando em relação a
pessoas, mas em relação ao objetivo da operação, que tem demonstrado com clareza
que está sendo uma operação muito boa para nosso país. Tenho certeza que o país
vai se sair melhor depois dela. O país tem que continuar dando apoio, é bom
para o Brasil e para o futuro das gerações brasileiras, defendeu.
Lira ainda defendeu uma trégua e mais tempo para que o projeto sobre abuso
de autoridade possa ser analisado no Senado Federal. A matéria seria apreciada
ontem, mas devido ao clamor popular, a discussão ficou para 2017.
“Ontem houve uma discussão demorada no plenário do Senado a respeito do
Projeto de Lei 280 que trata do abuso de autoridade e eu sempre manifestei a
minha posição em relação a esse assunto, que não era o momento de colocar esse
projeto para discussão e votação. Dá a impressão de que poderia ser, ou
representaria uma retaliação a Operação Lava Jato”, disse.
Lira ainda defendeu a participação do judiciário para contribuir com a
elaboração do projeto de lei.
“Esse projeto vai ser discutido no próximo ano, gastando o tempo que for
necessário, ouvindo a sociedade civil brasileira, ouvindo também o judiciário,
é importante que fique estabelecido que quando um projeto desse for aprovado,
quem vai decidir se uma pessoa está errado, se um senador, um deputado, ou um
juiz ou qualquer funcionário que cometer um delito, é o judiciário. Portanto
ele tem que ser ouvido, temos que levar em consideração as sugestões que estão
sendo apresentadas pelo juiz Moro, então essa é uma discussão que vai gastar o
tempo que for necessário, para que seja um projeto efetivamente para melhorar as
relações políticas, sociais e econômicas do nosso país”, arrematou.
PB Agora