Quarta-feira, 19 de abril de 2017
Foto: Billy Boss
O
plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (18) um
requerimento de urgência que, se tivesse sido aprovado, aceleraria a tramitação
do projeto que estabelece a reforma trabalhista.
Para que o pedido
fosse aprovado, eram necessários, pelo menos, 257 votos favoráveis à urgência, mas
o requerimento recebeu 230 votos, além de outros 163 contrários. O requerimento
foi assinado pelo líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP), e por mais 14
líderes de partidos da base aliada do governo.
Com a rejeição do
requerimento de urgência, a comissão especial que discute o tema terá de
aguardar o prazo estabelecido para apresentação de emendas, sugestões dos
parlamentares à proposta, que termina na semana que vem.
Segundo o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se o requerimento tivesse sido
aprovado, a proposta seria votada comissão especial na próxima terça (25) e, em
plenário, na quarta (26).
Somente após esse
prazo para apresentação de sugestões é que o relator do projeto, deputado
Rogério Marinho (PSDB-RN), poderá apresentar o parecer dele sobre a reforma. O
documento, que ainda terá de ser discutido e votado na comissão, já foi lido,
mas serviu somente para que os parlamentares tivessem conhecimento do conteúdo.
A sessão
A votação do
requerimento de urgência aconteceu em meio a protestos dos partidos de
oposição, contrários a pontos da reforma trabalhista.
Durante a sessão,
Rodrigo Maia se levantou por alguns minutos da cadeira de presidente e a
deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) sentou-se no lugar dele e, conduzindo a
sessão, disse: "Com a palavra, o deputado Rogério Marinho, relator dessa
desgraça", o que gerou reações de diversos deputados.
Ao retornar à mesa
da presidência, Maia tentou convencer Erundina a deixar o lugar e encerrou a
votação.
Após o requerimento
ser rejeitado, Rodrigo Maia disse que encerrou a votação em um momento
equivocado e que poderia ter esperado outros cerca de 50 deputados que estavam
na Câmara votarem.
Ele acrescentou, no
entanto, que, se um novo requerimento de urgência for apresentado, não haverá
problema em submetê-lo ao plenário.
"Ela [a
votação] aconteceu com um quórum baixo e eu encerrei a votação num momento
equivocado. Se a maioria dos líderes apresentar novo requerimento, é uma decisão
que pode ser tomada, que pode ser pautada a qualquer momento, não há nenhuma
prejudicialidade", afirmou.
Como votou a bancada paraibana
Efraim Filho - Sim
Hugo Motta - Sim
Aguinaldo Ribeiro -
Sim
Rômulo Gouveia - Sim
Wilson Filho - Sim
Benjamin Maranhão -
Sim
Veneziano Vital do
Rêgo - Não
Wellington Roberto
- Não
Pedro Cunha Lima -
Não
Luiz Couto - Não
PB Agora com G1