Quinta-feira, 18 de maio de 2017
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou esta
semana o primeiro autoteste para detectar o HIV a ser comercializado em
farmácia, como outros testes comuns. O Action, nome comercial do produto, será
fabricado pela empresa Orangelife Comércio e Indústria e dará o resultado em
até 20 minutos. O valor do teste será definido pelo fabricante.
A ideia do registro
do autoteste do vírus da aids vinha sendo estudada desde 2015, ano em que a
Anvisa havia regulado o registro de produtos para diagnóstico in vitro do HIV.
Assim como alguns
aparelhos que são usados para a medição de glicose por diabéticos, o teste de
HIV vem com um líquido reagente, uma lanceta específica para furar o dedo, um
sachê de álcool e um capilar (tubinho para coletar o sangue). O resultado
aparece na forma de linhas que indicam se há ou não presença do anticorpo do
HIV. A presença do anticorpo mostra que a pessoa foi exposta ao vírus que
provoca a aids.
Apesar de demonstrar
99,9% de sensibilidade e efetividade, o teste só poderá indicar a presença do
vírus 30 dias depois da situação de exposição. Caso o teste dê positivo, a
pessoa deve procurar um serviço de saúde. Em caso de resultado negativo, o
teste deverá ser repetido após 30 dias.
A situação de
exposição começa a contar a partir do momento em que a pessoa possa ter tido o
contato com o vírus da aids, seja em uma relação sexual sem proteção ou com o
compartilhamento de agulhas. O tempo de 30 dias é o período que organismo
precisa para produzir anticorpos em níveis que o autoteste consegue detectar.
Se uma nova situação
de exposição ocorrer após este período um novo teste precisa ser feito,
respeitando o prazo necessário para detecção e as confirmações necessárias.
Agência Brasil