Quinta-feira, 25 de maio de 2017
Dos 22 senadores
que o partido tem, 17 foram à reunião. Líder do PMDB no Senado, que rompeu com
o presidente, Renan Calheiros não foi convidado.
Fotos do PT estão
liberadas para memes. Foto: Lula Marques / Agência PT
No esforço para garantir sustentabilidade ao governo após a crise
política causada pela delação dos executivos da JBS, o
presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta quarta-feira (24) com a
bancada do PMDB no Senado.
O encontro
estava marcado para as 10h no Palácio do Planalto, começou depois das 10h30 e
terminou por volta das 14h30.
Dos 22 senadores
que o partido tem, 17 se reuniram com o presidente de acordo com o Planalto. Segundo o Blog da Andréia Sadi,
Temer não convidou para o encontro o líder do partido na Casa, Renan Calheiros.
Após reiteradas
críticas às reformas encampadas por Temer, o senador alagoano decidiu romper de
vez com o presidente e passou a defender sua renúncia.
Veja a
lista dos senadores na reunião:
Airton Sandoval
(SP)
Dário Berger
(SC)
Edison Lobão
(MA)
Elmano Férrer
(PI)
Eunício Oliveira
(CE)
Garibaldi Alves
Filho (RN)
Hélio José (DF)
Jader Barbalho
(PA)
João Alberto
Souza (MA)
José Maranhão
(PB)
Marta Suplicy
(SP)
Raimundo Lira
(PB)
Romero Jucá (RR)
Rose de Freitas
(ES)
Simone Tebet
(MS)
Valdir Raupp
(RO)
Waldemir Moka
(MS)
O senador José
Maranhão foi o último a chegar, quando a reunião já havia começado. Também
participou o ministro Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo). Eliseu Padilha
(Casa Civil) esteve no Planalto durante a reunião, mas saiu em seguida.
Dissidência
Segundo a TV
Globo, Renan teria participado na noite desta terça-feira (23) de uma reunião
com senadores da oposição e dissidentes do PMDB na casa da senadora Katia Abreu
(PMDB-TO). Também foram convidados os senadores Paulo Paim (PT-RS), Gleisi
Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Paulo Rocha (PT-PA).
No mesmo
horário, Temer recebia deputados da base aliada na última agenda do dia. O
encontro se deu após um dia tumultuado no Congresso.
Entre manifestações da oposição e discussões que quase levaram parlamentares às
vias de fato, o governo conseguiu mais tempo para tentar reorganizar a base.
Na Câmara, o
adiamento do relatório favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das
eleições diretas em caso de vacância da Presidência da República foi, para o
Planalto, um sinal de que a fidelidade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), ao governo ainda é capaz de garantir alguns momentos de alívio.
Na iminência da votação do relatório na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), Maia decidiu dar início à ordem do dia no
Plenário. A manobra obrigou a comissão a suspender os trabalhos e adiar a
discussão sobre a possibilidade de eleições diretas antecipadas, que deverá ser
retomada nesta quarta.
No Senado, uma confusão entre os senadores
Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi a justificativa
para que o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tasso
Jereissati (PSDB-CE), desse
como lido o relatório da reforma trabalhista.
A decisão corrobora com a manutenção do
calendário para a tramitação da medida na Casa, vista como uma das prioridades
do governo Temer. No Planalto, a manutenção da agenda de reformas econômicas é
vista como a garantia mais forte que Temer tem de resistir à crise política.
Por
Gustavo Aguiar, G1, Brasília