Domingo, 28 de maio de 2017
Os líderes
do G7 reconheceram neste sábado (27) em Taormina, na Sicília, sua incapacidade
de convencer um presidente americano inflexível sobre a questão das mudanças
climáticas.
Apesar da pressão dos europeus
(Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha e União Europeia), do Canadá e do
Japão, Donald Trump não se rendeu. Ele deverá anunciar sua decisão a respeito
do acordo climático de Paris na próxima semana.
A
declaração final da cúpula, iniciada na sexta-feira (26) no balneário
siciliano, irá, portanto, constatar a falta de entendimento sobre a
questão do aquecimento global, pela primeira vez depois de dezenas de
comunicados do G7 afirmando a necessidade de reduzir as emissões de gases do
efeito estufa.
Os Estados Unidos vão confirmar
neste texto que continuam a refletir sua posição sobre o clima, enquanto os
outros seis países do G7 irão reafirmar seu compromisso com os acordos de
Paris, tomando nota da posição americana, indicaram fontes europeias.
"Este é um resultado aquém
dos de cúpulas anteriores, mas esperávamos por isso", minimizou um
funcionário de uma delegação europeia.
Para outros, o importante é que
os Estados Unidos seguem no jogo. Nesta perspectiva, a presidência francesa se
recusa a falar de "fracasso", embora reconheça "não ser uma
formulação ideal".
"Um ponto de grande
preocupação para nós é a manutenção dos Estados Unidos no acordo, não queremos
os americanos fora", argumentou-se em Paris, antes do G7.
G1