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Fla e Flu fecham acordo por clássico 50/50 no Maracanã nos dois turnos

Sexta-feira, 16 de junho de 2017
A nova ordem do futebol, com times grandes mandando clássicos em seus campos e divisão 90% para sua torcida e 10% dos visitantes – quando não há torcida única, evidentemente –, tem um "ainda respiro" no futebol carioca. Flamengo e Fluminense fecharam acordo para o Fla-Flu do fim de semana com mando do Tricolor. Nos dois turnos, os jogos serão no Maracanã, com arquibancadas divididas, de olho numa renda mais alta.

O jogo de domingo será nos moldes do contrato do tricolor. Mas o Flamengo tenta garantir direitos de seus sócios torcedores para comprar ingressos. No segundo turno, a negociação ainda está em curso com a Odebrecht, que continua faturando enquanto não há nova licitação. Vai depender ainda, claro, da situação das duas equipes na tabela, mas dirigentes do Flamengo confiam que o uso frequente da Ilha do Urubu, apelido que os torcedores deram ao estádio da Portuguesa, ajude nas negociações para queda de preço de aluguel no Maracanã.

A conta que o Flamengo faz no Maracanã é mais ou menos a seguinte: com público de 40 mil, 45 mil e renda acima de R$ 1,5 milhão ao menos o clube não sai no prejuízo. Um bom exemplo disso é o primeiro jogo da final do Carioca, também um Fla-Flu. Com público de 41 mil, renda de R$ 1,6 milhão, mas despesas de R$ 1 milhão, os times dividiram apenas R$ 284 mil para cada lado. Os custos são muito altos – o borderô do Maracanã anota R$ 417 mil de operação, R$ 100 mil de aluguel, R$ 160 mil de taxa da Ferj, entre outras despesas.

O Vasco x Flamengo, marcado para a 12ª rodada, está marcado para São Januário, a casa vascaína. As diretorias conversaram sobre a possibilidade de fechar acordo semelhante ao de Fla e Flu, mas por enquanto os vascaínos ainda privilegiam o ganho técnico diante da possibilidade de levar prejuízo financeiro ou ter compensação financeira baixa no Maracanã. Vai depender também da situação dos clubes na tabela e, claro, do apelo de público para o clássico.

Em São Januário, há também resistência por parte da diretoria em deixar o jogo na casa vascaína. A preocupação é com a segurança, especialmente no entorno do estádio. No último clássico entre as equipes, em 14 de fevereiro de 2016, houve brigas na arquibancada, mas sem maiores consequências - um banheiro foi danificado por torcedores do Flamengo.

Se o clássico entre vascaínos e flamenguistas for em São Januário, o segundo turno terá Flamengo x Vasco na Ilha do Urubu, com 90% de arquibancada para os mandantes e 10% para os visitantes na Ilha do Governador.

Ingressos mais baratos na Ilha? Fla ainda vai avaliar
Para o primeiro jogo na Ilha, os 13 mil pagantes – com estimativa do Fla de 90% comprados por sócios torcedores, mas abaixo dos 16 mil ingressos colocados à venda – ficaram abaixo do esperado, até pela expectativa para uma estreia numa casa nova, com alto investimento do Flamengo. Parte da resposta estava estampada na faixa “abaixem os ingressos” na arquibancada. Para o Rubro-Negro, outros fatores influenciaram: momento crítico do time; viagens de feriado e até certo desconhecimento do que encontrar na Ilha. Porém, o diretor de novos negócios do Flamengo, Marcelo Frazão, falou em avaliação após a sequência dos três primeiros jogos previstos na Ilha do Urubu – além da Ponte, o Flamengo joga contra a Chapecoense e o São Paulo na Ilha. Para os três jogos, vendeu cerca de 7.200 pacotes.
Flamengo avalia preço de ingressos para jogos na Ilha (Foto: Bruno Giufrida)
- A precificação de ingressos no Maracanã é situação mais complexa. A gente fala de ingresso mais barato para o não sócio a R$ 160, mas olha o borderô e vê que 80% não pagaram o preço cheio. O pacote de três teve resultado positivo. Vendemos 7.200 para os três jogos. O que mostra interesse de torcedores. A partir daí abrimos a venda para não sócios. Para esses três jogos temos preços definidos. Após os três jogos vamos fazer avaliação de como vamos tratar os preços, se vamos fazer novos pacotes – disse Frazão.

O dirigente rubro-negro ressaltou que o alto número de sócios torcedores (quase 100 mil) implica para que a dinâmica procura versus demanda fique a favor do Flamengo na Ilha, ao contrário do que acontecia no Maracanã.

- Na Ilha, temos escassez de ingressos. Enquanto no Maracanã, dificilmente conseguíamos acabar com o total de entradas. Mas pelo público que tivemos o resultado é mais positivo aqui na Ilha do que no Maracanã. A Ilha vai ser mais competitiva nesse ponto (financeiro) – afirmou o dirigente.



Globo Esporte

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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