Sexta-feira, 30 de junho de 2017
Abel Braga afirmou que o confronto da
Sul-Americana dificilmente seria resolvido em 90 minutos, mas foi exatamente o
que o Fluminense fez diante da Universidad Católica, do Equador, na noite desta
quarta-feira. Com um bom e ofensivo futebol, o Tricolor das Laranjeiras venceu
por 4 a 0 no Maracanã e encaminhou a classificação para as oitavas de final da
Copa.
O duelo de volta pela
Sul-Americana só acontece no dia 26 de julho. Com grande vantagem, o Fluminense
visita a Universidad Católica em Quito.
Desde os minutos
iniciais ficou claro que o caminho para vitória estava no lado esquerdo de
ataque. Léo, Wendel, Richarlison, Calazans... Quem apareceu por ali fez um
estrago na defesa e levou perigo à meta da Universidad. Depois de receber na
entrada da área, Scarpa bateu colocado e tirou tinta da trave de Galíndez. O
camisa 10 estava afim de jogo.
Coube a Henrique
Dourado, que já tinha finalizado com perigo antes, abrir o placar no Maraca.
Léo cruzou e após bate-rebate na área, a bola se ofereceu para o camisa 9, que
só deslocou o goleiro. Dois minutos depois, em mais uma falha de Carabaí, o
Ceifador serviu Richarlison, que voltou a marcar pelo Flu após a polêmica
envolvendo seu nome e o Palmeiras.
O Flu seguiu
criando chances, mas também deu alguns sustos, especialmente quando se lançava
à frente e oferecia o contra-ataque. A Universidad, por sua vez, não soube
aproveitar. Quando Patta não estava impedido, Júlio César foi bem.
O Fluminense fez 3
a 0 antes do intervalo e, pasmem, em jogada iniciada pela esquerda. Calazans
invadiu a área e cruzou para trás, a bola bateu no braço de Godoy. Henrique
Dourado, o atacante que não perde pênalti, fez seu 21 gol em 2017.
Nem mesmo a saída
do Ceifador, lesionado aos seis minutos da etapa final, diminuiu o ritmo do
time de Abel Braga. Pedro entrou e logo viu Wendel marcar o golaço da noite. O
Moleque de Xerém arriscou de muito longe e acertou no ângulo: 4 a 0.
Foi o quarto gol de
Wendel no ano. O meia tinha prometido arriscar mais após marcar contra o São
Paulo, no Morumbi. Dito e feito pelo camisa 6, que deixou o campo ovacionado
pela torcida tricolor e deu lugar a Luquinhas.
Quem também entrou
foi Wellington Silva, no lugar do lateral Léo. Com o jogo resolvido, os
torcedores ditaram o ritmo da partida até o apito final na base do olé. A
impressão é de que a Universidad Católica não será capaz de reverter tal placar
na volta, seja com a altitude de Quito ou não
Atlético (MG) e
Botafogo (RIO)
Jogos de mata-mata tem sua própria aura. Heróis são
feitos, atletas antes esquecidos se consagram e personagens são criados. Nesse
primeiro duelo das quartas de final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e
Botafogo, o nome foi Cazares. Com boa participação - e gol - do equatoriano, o
Galo venceu por 1 a 0, no Independência, e abriu vantagem no duelo pelas
semifinais.
O estilo de jogo
dos dois times já definia o panorama no Independência: o Atlético-MG com os seu
repertório ofensivo e nomes renomados na frente, como Fred e Robinho. Enquanto
isso, o Botafogo acuado, apostando mais na força defensiva do time com Jair
Ventura, que exploraria os contra-ataques.
A individualidade
do Galo se sobressaiu em cima do esforçado Botafogo, que não soube como conter
a ofensividade mineira nos minutos iniciais: logo aos sete minutos, Cazares -
um motor e diferencial no meio-campo - recebeu sozinho de Robinho e, sem João
Paulo acompanhar e no meio da pesada dupla de zaga alvinegra, abriu o marcador
com finalização no canto de Gatito.
Com o gol cedo, o
Glorioso tentou sair mais para o jogo. Até reteve a bola, mas sem ser efetivo e
incomodar Victor. Na chance que teve, Victor Luís cruzou e Bruno Silva pegou
errado, aos 33. O Atlético chegava bem, com Fred - que participou de uma
intensa batalha com Carli - desperdiçando umas duas boas chances e Cazares
sendo a válvula de escape/velocidade.
Enquanto isso, do
outro lado, Camilo mal se fazia presente em campo, com Pimpão preso pelo lado
esquerdo e o time estagnado na hora de criar.
Na segunda etapa,
os minutos iniciais foram bem parados. Mas o jogo logo animaria. Fred cometeu
falta em Lindoso, recebendo o segundo amarelo e sendo expulso. Candidato a
vilão? Talvez. A partir daí, foi o Botafogo o dono das ações. Aos 17, Bruno
Silva perdeu nova chance sozinho, desta vez dando um corte a mais na jogada e
vendo Leonardo Silva salvar a finalização na área.
A equipe de Jair
ocupava o setor ofensivo do campo, com a superioridade numérica sendo um
diferencial nas ações. Mas faltava maior variações nas jogadas para chegar com
real perigo. Victor não trabalhou, com o Atlético-MG fechando as linhas. E foi
Gatito quem acabou salvando no final, com defesa espetacular em finalização à
queima roupa de Rafael Moura.
Mesmo com um a mais
no final, o Botafogo não foi merecedor do empate. A chance de sair com um bom
resultado de Minas existia, mas a produção do setor ofensivo foi insuficiente.
Para o Atlético-MG, a boa vantagem visando o jogo da volta, no Estádio Nilton
Santos, desta vez com o mando alvinegro.
Terra