Terça-feira, 06 de junho de 2017
Com a morte de
Figuera, sobe para 65 o número de pessoas que morreram durante as manifestações
da oposição contra o presidente Nicolás Maduro.
Orlando Figuera, de 21
anos, era manifestante pró-governo e teve seu corpo queimado (Foto:
Reuters/Marco Bello)
Um jovem que foi esfaqueado e queimado
por supostos manifestantes opositores ao governo da Venezuela em 20 de maio em Caracas, morreu na
madrugada deste domingo (4), informou a Procuradoria venezuelana.
Orlando Figuera, de 22 anos, morreu no
hospital onde estava recebendo tratamento para as graves queimaduras que sofreu
durante o ataque, indicou a Procuradoria no Twitter, apontando que continua
investigando o caso.
Com a morte de Figuera, sobe para 65 o
número de pessoas que morreram durante as manifestações da oposição contra o
presidente Nicolás Maduro, que começaram em 1 de abril.
"Acaba de falecer de parada
cardiorrespiratória o jovem Orlando Figuera, esfaqueado e queimado em vida por
mentes doentes de ódio em Altamira (leste de Caracas)", escreveu o
ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, também no Twitter.
Maduro disse que Figuera foi atacado depois
de que algumas pessoas gritaram que ele era chavista e que estava roubando no
meio da manifestação.
"Nunca tínhamos visto aqui uma pessoa
ser incendiada como fazem terroristas do Estado Islâmico", afirmou o
presidente, e mostrou um vídeo do incidente, onde se vê o jovem seminu e em
chamas enquanto corre em busca de ajuda.
A procuradora-geral, Luisa Ortega, ligada
ao chavismo mas que se distanciou do presidente, considerou
"dantesco" que manifestantes opositores colocassem fogo em Figuera,
mas também qualificou de "vulgares os vídeos (sobre o incidente) manipulados
em benefício dos grupos em disputa".
Os protestos da oposição, que exigem a
saída de Maduro em eleições gerais, também deixaram quase mil feridos, segundo
a Procuradoria, e cerca de 3 mil detidos, de acordo com a ONG Foro Penal.
Por
France Presse AFP