Sexta-feira, 22 de setembro de 2017
O
senador José Maranhão (PMDB) reconheceu o empenho do ex-presidente Lula (PT) para que as
obras da Transposição do São Francisco pudessem acontecer. O peemedebista,
porém, destacou o trabalho de Michel Temer (PMDB) para que a obra fosse
concluída.
“Lula teve a iniciativa
de enfrentar todas as oposições resultantes da incompreensão que se formaram
para a consolidação desta obra. Mas, eu quero testemunhar aqui também a
determinação do Ministro Helder Barbalho, que soube compreender o drama dos
nordestinos. Foi graças a ele, pela sua determinação, e do próprio Governo
Michel Temer, que nós não estamos na Paraíba, no Compartimento da Borborema,
que abriga uma população de 1 milhão de pessoas, passando por verdadeira
calamidade”, afirmou.
Ainda
durante a fala na Tribuna do Senado, Maranhão expressou solidariedade aos
nordestinos castigados pela seca que atinge a região há seis anos.
“Eu
tenho testemunhado aqui a angústia dos nossos companheiros do Sul do País com
estiagem de 50 dias, de 60 dias. Imaginem se eles tivessem que amargar o que
nós estamos amargando, com uma seca total sem precedentes na nossa história que
já dura seis anos”, ressaltou.
Em
aparte à senadora Fátima Bezerra (PT/RN), que na tribuna abordou a necessidade
de conclusão do Eixo Norte da Transposição do São Francisco, José Maranhão
destacou que um terceiro Eixo, no Canal de Piancó, poderá levar água ao Alto
Sertão da Paraíba e parte do Rio Grande do Norte. Ele lembrou que os dois
estados são os mais atingidos pelo fenômeno desta seca que não dá trégua. “Nós
temos uma integração natural – Paraíba e Rio Grande do Norte –, porque é
através da sangria do Açude Coremas-Mãe d’Água, que o Rio Grande do Norte
alimenta uma vasta região do seu território e um dos maiores reservatórios do
Estado”, destacou o senador.
Ele
reiterou que a transposição não é para os paraibanos somente uma questão de
honra, mas de sobrevivência. E enfatizou a necessidade de continuação da obra
até o terceiro Eixo. Segundo Maranhão, o açude Coremas-Mãe d’Água, para cumprir
o seu papel no abastecimento de água de todo o Sertão da Paraíba, precisa da
transposição. Segundo ele, o terceiro eixo, de Piancó, é que vai realmente
realimentar o Coremas-Mãe d’Água e, através dele, todo o Alto Sertão da Paraíba
e parte do Rio Grande do Norte. “Os nordestinos defendem, lutam pela
transposição e agora já não é mais a luta primária pela transposição, mas a
luta secundária pela distribuição dessa água, que precisa chegar com urgência
para que a população não sofra mais do que já está sofrendo no Alto Sertão da
Paraíba, a região mais seca do Estado”.
MaisPB