Sábado, 09 de setembro de 2017
Peça deve ser oferecida pela PGR na semana que vem
No
provável último ato de Rodrigo Janot à frente da Procuradoria Geral da
República, ele deverá apresentar a segunda denúncia contra Michel Temer
reforçada por nada menos que sete delações.
Peça
deve ser oferecida pela PGR na semana que vem, a última de Rodrigo Janot à
frente do Ministério Público Federal. Nova acusação que contra Temer é
diferente da primeira – em que o foco era apenas sua atuação. Agora, a denúncia
trata da formação de uma organização criminosa, o que implica a atuação de um
grupo.
O
procurador-geral da República prepara uma acusação que se fundamenta em
delações do doleiro Lúcio Funaro, operador do PMDB, dos empresários Joesley
Batista e Ricardo Saud, da JBS. Também estarão na denúncia os delatores Sérgio
Machado, ex-presidente da Transpetro, Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano e
Alberto Youssef.
Dentro
da Procuradoria-Geral da República, a avaliação é de que ainda que se levante
qualquer questionamento sobre o acordo de delação premiada do Grupo J&F, a
nova denúncia contra Temer se sustentará, pois ela "é robusta e se
fundamenta em outros pilares", além da gravação do presidente feita pelo
empresário Joesley Batista no Palácio do Jaburu.
Janot
já encaminhou as denúncias com relação ao PP e ao PT e, agora, sua equipe
conclui as peças sobre o PMDB do Senado e da Câmara. O procurador-geral chegou
a pedir ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, a inclusão
de Michel Temer na investigação relacionada ao chamado “quadrilhão” do PMDB da
Câmara. Fachin não incluiu o nome de Temer, mas disse que o procurador poderia
seguir nas investigações relacionadas à JBS.
Apesar
de o pedido não ter sido atendido, a PGR apura a suposta atuação de Michel Temer
no que considera uma organização criminosa formada por políticos e operadores
para praticar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
As
informações são do blog do jornalista Fausto Macêdo.
Brasil 247