Joseph Safra, Jorge Paulo Lemann, Marcel
Hermmann Telles, Carlos Alberto Sicupira, Eduardo Saverin e Ermírio Pereira de
Morais. Juntas, essas seis pessoas possuem uma riqueza equivalente a de metade
da população brasileira, de acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira,
25, pela ONG Oxfam. Segundo os dados obtidos na pesquisa, os
“super-ricos”, o equivalente a 1% da população, ganham em um mês o que um
brasileiro que recebe o salário mínimo levaria 19 anos para obter. Os 5%
mais ricos possuem uma fatia de renda equivalente aos 95% restantes dos
cidadãos brasileiros.
“O que nos choca muito, na verdade, é que o
Brasil é um país desigual com potencial para não ser desigual. É um país rico,
é um país que tem as condições de enfrentar e reduzir a desigualdade extrema
que nós temos”, explica Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil, em
entrevista à agência Reuters.
Desigualdade aumenta
Em 2017, o Brasil caiu 19 posições no ranking
mundial de desigualdade social, elaborado pela Organização das Nações Unidas.
Na América Latina, o país fica atrás apenas da Colômbia e de Honduras.
Por que tanta desigualdade?
Para os
responsáveis pelo estudo, há uma série de motivos para o aumento da
desigualdade social no país. O principal deles é o sistema tributário brasileiro.
“Ele pesa muito sobre os mais pobres e a classe média”. Além disso, a
discriminação de raça e gênero, que “promove violência cotidiana aos direitos
básicos de mulheres e negros” e o fato de o sistema democrático “concentrar
poder e ser altamente propenso à corrupção” . Confira a pesquisa completa aqui.
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