Terça-feira, 24 de outubro de 2017
Foto: Beto Barata / PR
As negociações do presidente Michel Temer com
os deputados para garantir que a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da
República seja sepultada na Câmara esta semana envolveram pelo menos R$ 12
bilhões. O jornal O Globo informa que ao valor devem ser acrescentados cargos e
benesses de valor inestimável, como a mudança no combate ao trabalho escravo.
Só de emendas
parlamentares pagas desde o início de setembro foram R$ 881 milhões. Mas houve
ainda uma frustração de receita com o novo Refis, estimada até o momento em R$
2,4 bilhões; a desistência de privatizar Congonhas no ano que vem, cuja outorga
era estimada em R$ 6 bilhões, e, por fim, a possibilidade de abdicar de R$ 2,8
bilhões com a anistia de parte das multas ambientais prevista no decreto
editado na segunda-feira.
O Palácio do
Planalto acelerou a liberação de recursos para o empenho de emendas
parlamentares obrigatórias desde setembro, quando apareceu a segunda denúncia
contra Temer. Foram R$ 881,3 milhões em menos de dois meses, sendo R$ 607,9
milhões apenas nos primeiros 21 dias de outubro e R$ 273,4 milhões em setembro.
No final da semana passada, grandes volumes foram liberados para deputados e
senadores: R$ 122,4 milhões na sexta-feira e ainda R$ 53,2 milhões no sábado,
segundo os dados da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
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