Terça-feira, 24 de outubro de 2017
Proposta será submetida à consulta pública, podendo sofrer
mudanças
Imagem ilustrativa
A Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (24) uma proposta de
reajuste de quase 43% sobre o atual valor da bandeira tarifária vermelha
patamar 2, a mais cara do sistema, cobrada sempre que as usinas térmicas mais
onerosas precisam ser mantidas ativas para suprir a alta demanda de consumo de
energia.
A proposta será submetida à consulta pública, podendo sofrer
mudanças. Se o reajuste for aprovado, quando a bandeira vermelha patamar 2 for
acionada, os consumidores deixarão de pagar os atuais R$ 3,50 para cada 100
quilowatts-hora (kWh) e passarão a pagar R$ 5 de taxa extra, já a partir de
novembro.
A agência também sugeriu o reajuste da bandeira tarifária
amarela, que poderá ficar 50% mais barata, passando de R$ 2 para R$ 1 de
cobrança extra a cada 100 kWh. A bandeira amarela é a primeira da escala de cobrança
adicional na conta de luz.
Segundo a Aneel, o objetivo da medida é reajustar os valores
que as distribuidoras cobram dos consumidores para custear a compra de energia
elétrica – custos que aumentam sempre que as usinas térmicas precisam ser
acionadas para suprir o mercado consumidor, devido ao baixo nível de água nos
reservatórios das hidrelétricas, que são a principal fonte de abastecimento no
setor elétrico brasileiro.
A bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema, foi
acionada no início deste mês pela primeira vez desde que a bandeira vermelha
foi desmembrada em duas, em janeiro de 2016. No mês passado, estava em vigor a
bandeira amarela.
O acionamento da bandeira vermelha 2 foi adotado devido à
baixa vazão das usinas hidrelétricas, já que as chuvas em setembro ficaram
abaixo da média.
Nesta sexta-feira (27), a Aneel divulgará a bandeira
tarifária que estará em vigor em novembro.
Agência Brasil