Terça-feira, 24 de outubro de 2017
Fumaça das queimadas prejudica a visibilidade também nos
aeroportos
Focos de fogo (pontos vermelhos) entre o Pará, o Tocantins, Bahia e Maranhão. Foto: Climatempo
Aeroportos do leste do Pará,
do sul do Maranhão e do Tocantins amanheceram com visibilidade prejudicada por
causa da fumaça . No fim da manhã
da terça-feira, 24 de outubro, a restrição continuava.
No aeroporto de Palmas,
capital do Tocantins, a visibilidade por volta do meio-dia (hora de Brasília)
era de apenas 3000 metros. Os aeroportos de Carolina no Maranhão, Carajás
e Marabá, no Pará também permaneciam com visibilidade prejudicada pela fumaça
no fim da manhã.
A densa cobertura de
fumaça paira sobre as cidades e campos colocando em risco a saúde das pessoas,
além da segurança dos vôos nestas áreas. A imagem do satélite Aqua/MODIS,
operado pela NASA, de 23 de outubro de 2017 mostra a grande concentração de focos de fogo entre os estados do
Maranhão, Bahia, Tocantins e Pará, que aparecem como pontos vermelhos.
Municípios do
Pará, do Tocantins, do Maranhão e da Bahia estavam na lista dos 10 locais com
maior número de focos de fogo no período de 21 a 23 de outubro de 2017
Cidades com maior número de focos de fogo de 21 a 23 de outubro de 2017 (INPE)
Calor intenso
O fogo se alastra facilmente com a falta de chuva observada na
região entre o Maranhão, Bahia, Tocantins e Pará. A chuva da primavera está
atrasada e enquanto a chuva não começa a cair com regularidade, o calor
só aumenta. O Instituto Nacional de Meteorologia vem registrando temperaturas
de 40°C ou mais nestas áreas. Só em Palmas, a temperatura em outubro foi igual
ou maior do que 40°C em 10 dias.
A chuva e a nebulosidade são importantes reguladores da
temperatura , mas o que ainda predomina no Maranhão, na Bahia, no leste do
Pará e no Tocantins são dias com pouca nebulosidade, muito calor e baixa
probabilidade de chuva. Enquanto a chuva não vem, o fogo aumenta.
Chuva à vista
Mas tem chuva à vista e não vai demorar muitos dias. No leste do Pará,
algumas pancadas de chuva podem ocorrer todos os dias até o fim da semana. Mas
a chuva cai em poucas áreas e sem muita persistência, e pouco ajuda no combate
ao fogo de fogo.
No fim desta semana espera-se uma mudança na circulação dos ventos
sobre o Brasil fazendo com que o ar úmido comece a avançar em direção ao
Tocantins ao interior do Maranhão e até ao oeste da Bahia.
Uma frente fria vai ajudar a mudar o tempo e as pancadas de chuva devem voltar
nestas áreas no último fim de semana de outubro.
O mais importante é que as condições para chuva devem aumentar em
novembro.
Foto: Climatempo
Terra