Sexta-feira, 01 de dezembro de 2017
Embora o Planalto defenda uma candidatura única
à Presidência em 2018, a maioria das siglas da base aliada vê um cenário ainda
incerto e evita se comprometer com nomes colocados como possíveis candidatos.
Há dirigentes que falam em candidatura própria e até em apoiar o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele seja candidato.
No cenário atual,
os partidos de centro trabalham entre os cotados com os nomes do governador
Geraldo Alckmin (PSDB) e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). O
escolhido, porém, dependerá do cenário político e econômico do próximo ano. Em
entrevista nesta quarta-feira, 29, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha,
afirmou que a ideia é construir uma candidatura única entre os partidos da
atual base de sustentação do governo Temer para “representar esse legado”.
Como mostrou o
Estado no sábado, 25, o presidente Michel Temer articula a construção de uma
ampla frente de centro-direita para ajudar na aprovação de pautas econômicas,
principalmente da reforma da Previdência, e mantê-la unida até a disputa
eleitoral de 2018.
Essa frente teria
de fazer a defesa do legado de Temer. “Tudo vai depender de como a economia
estará, como o ‘Fora, Temer’ ficará no próximo ano”, disse o presidente
nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN).
“Pode ser Alckmin,
pode ser Meirelles. Mas não está descartada também uma candidatura própria
nossa”, afirmou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Ele diz que,
atualmente, a sigla tem “pouca chance” de apoiar Lula, embora o presidente da
legenda, senador Ciro Nogueira (PI), tenha declarado voto no ex-presidente.
“(Lula) Foi o melhor presidente para este País, principalmente para o Piauí e
para o Nordeste”, disse Nogueira em entrevista à TV Meio Norte, na semana
passada. “Lula é o meu candidato a presidente.”
Interlocutores do
ex-deputado Valdemar Costa Neto, que comanda o PR, dizem que ele trabalha para
que a legenda feche aliança com Lula. “O PR não descarta apoiar o Lula”, disse
o líder do partido na Câmara, José Rocha (BA).
Integrantes da
cúpula do PRB dizem que o nome que mais anima o partido hoje é o de Meirelles,
mas, ao mesmo tempo, o partido não quer romper pontes com Alckmin.
A indefinição
existe, inclusive, no PSD, partido de Meirelles. A prioridade do presidente
licenciado da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações), é se eleger em uma chapa majoritária em São Paulo ao
lado do senador José Serra (PSDB). O tucano é apontado como possível candidato
à sucessão de Alckmin.
O presidente
nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), avalia que Alckmin e Meirelles são
dois nomes viáveis para serem o candidato do centro.
O PTB foi o único
dos partidos até agora que diz já ter fechado apoio a um nome. “Estamos com
Alckmin”, disse o 1.º vice-presidente nacional da legenda, deputado Benito Gama
(BA).
Msn.com