Quinta-feira, 07 de dezembro de 2017
Para o
deputado federal paraibano Luiz Couto (PT) a Reforma da Previdência gerada pelo
presidente Michel Temer (PMDB) é “uma farsa” encaminhada ao Congresso Nacional.
“Se a proposta é boa para o brasileiro, não precisariam de tantas propagandas
como eles veiculam, inclusive com pessoas para fazerem o papel do idoso,do
trabalhador, do agricultor. Os governistas agora estão obrigando as Lideranças
a fechar questão para votar favoravelmente. Nós vamos entrar em obstrução a
partir de hoje, não vamos votar com este Governo golpista e o presidente da
Casa, que deveria ser o defensor da Câmara e não representante do Governo,
querer fazer uma reforma, dizendo que há déficit, que há rombo”, reclamou Couto.
Em sua argumentação, o parlamentar declarou estar provado no
relatório da CPI do Senado que não há rombo algum na Previdência. “O que há é a
anistia que foi dada para várias empresas, para vários organismos que não pagam
a contribuição previdenciária. Nós vamos seguir a orientação do Dom Reginaldo
Andrietta, Bispo de Jales, que diz que é preciso fazer uma rebelião, uma
rebelião para impedir que esta reforma da Previdência seja aprovada. Ela é uma
destruição da Previdência pública brasileira. Eles querem, sim, que as pessoas
paguem e não se aposentem, é isso que está sendo colocado na emenda
aglutinativa. Essa emenda tem que ir para o lixo porque, na realidade, aqueles
que votarem favoravelmente a essa emenda vão responder diante do povo, e o povo
vai dizer que não quer esses Parlamentares que são contra a vontade popular”,
concluiu o deputado.
O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, mantém a expectativa de votar a proposta ainda neste ano,
mas reafirmou que só pautará o tema em Plenário com a certeza de que terá os
votos necessários para sua aprovação.
“A gente não
vai a voto sem número, vamos tentar convencer que, sem a reforma, vamos ter um
2018 muito ruim, e um 2019 terrível”, afirmou.
Maia não quis
adiantar se vai colocar a proposta em votação na próxima semana. Ele afirmou
que, quanto mais tempo demorar a aprovação do texto, maior será a necessidade
de uma reforma mais ampla.
PBAgora