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PMDB aprova mudança de nome e passa a ser chamado MDB

Quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Alteração da sigla faz parte de estratégia para diminuir desgaste partidário. Na convenção, legenda também vai incluir no estatuto as regras de distribuição do fundo eleitoral.
Michel Temer na convenção do antigo PMDB, agora MDB | Foto: Igo Estrela/PMDB Nacional
Integrantes do PMDB aprovaram, em convenção nacional extraordinária nesta terça-feira (19), a mudança do nome da legenda, com a retirada da letra “P”, que significa a palavra partido. A partir de agora, a legenda volta a ser chamada pelo nome original: MDB – Movimento Democrático Brasileiro.

Em agosto, o presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), já havia anunciado a intenção de alterar o nome. À época, ele afirmou que o objetivo da mudança era “ganhar as ruas”. Para oficializar a decisão, era necessário o aval dos peemedebistas, em votação feita em convenção nacional.

“O MDB seguirá no rumo da mudança que nos transformará novamente em um grande e novo movimento. Não é uma volta para o passado, mas um passo gigantesco para o futuro”, disse Jucá, em discurso aos colegas de partido.

Movimento Democrático Brasileiro era o nome da agremiação antes de 1980, quando, ainda durante a ditadura militar, foi adotado o pluripartidarismo.

O resgate da sigla MDB faz parte de uma estratégia dos peemedebistas de diminuir o desgaste do PMDB e da política partidária junto à sociedade. Vários integrantes da cúpula do partido, entre eles o presidente, senador Romero Jucá, são alvo de investigações em escândalos de corrupção.

Entre as intenções dos peemedebistas com a retomada do MDB, está a de recordar a imagem de figuras, como Ulysses Guimarães e Teotônio Vilela, protagonistas da luta pela redemocratização do país.

Em entrevista, Jucá disse que a volta ao MDB não é “para esconder” eventuais irregularidades.

“Qualquer coisa que seja investigada será respondida e cada um é, individualmente, responsável por aquilo que tenha feito de equivocado. O partido não tem nada a ver com isso, está tranquilo e vai disputar as eleições de cabeça erguida. Não temos nenhum tipo de vergonha”, disse.

De acordo com a assessoria de Jucá, a mudança de nome vai ser comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como o Judiciário entrará em recesso, a Justiça Eleitoral só deve oficializar a alteração em fevereiro.

Outras decisões
A reunião partidária foi aberta com poucos participantes no auditório. Na fala inicial, Jucá chegou a anunciar que o presidente Michel Temer chegaria em instantes ao evento, mas a participação foi cancelada minutos depois.

Após o Planalto divulgar que Temer não compareceria ao evento, o presidente surpreendeu a todos, apareceu e fez um breve discurso de 10 minutos. Ele defendeu a reforma da Previdência e sugeriu a pessoas que ganham mais que façam uma previdência complementar.

Na pauta da convenção, estão outros itens, como a adequação do estatuto partidário à legislação eleitoral, com a inclusão das regras de distribuição do fundo público destinado a bancar campanhas eleitorais.

Jucá voltou a dizer que parlamentares que defendem as posições do partido serão “apoiados com mais força” durante as eleições. “Vamos tratar com prioridade aqueles que estão fechados com a posição do partido”, afirmou.

O encontro também terá definições sobre a adoção de um sistema de governança e compliance, além do início da discussão sobre o novo programa partidário.



Por Gustavo Garcia e Bernardo Caram, G1, Brasília

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