Quarta-feira, 06 de dezembro e 2017
A executiva
nacional do PMDB decidiu nesta quarta-feira (6) fechar questão a favor da
reforma da Previdência. Com a medida, informada pela sigla em uma rede social,
deputados e senadores que votarem contra a proposta poderão ser punidos.
O fechamento de questão é uma
decisão que pode ser tomada pela cúpula dos partidos com a finalidade de
“forçar” seus membros a seguirem determinada orientação. As punições para os
infiéis variam, mas podem levar, inclusive, à expulsão da sigla.
Na terça-feira (5), o líder do PMDB
na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), informou que a maioria dos membros da
bancada se posicionou a favor da reforma. Em seguida, ele encaminhou a sugestão
de fechamento de questão à executiva nacional do partido, que deveria dar aval
ou não ao pedido.
Desde a última semana, membros da
base aliada cobravam que o partido do presidente Michel Temer desse o exemplo e
“puxasse a fila” do fechamento de questão para que outros partidos aliados ao
Palácio do Planalto também fizessem o mesmo.
Até o início da tarde desta quarta,
apenas o PTB havia anunciado que vai fechar questão. O partido considera que a
reforma é “primordial” para a retomada do crescimento no Brasil e coloca fim a
privilégios.
Nos últimos dias, o governo
intensificou as articulações com deputados para tentar aprovar a reforma da
Previdência. Enquanto membros da base contam votos das bancadas, Temer tem
feito encontros com parlamentares para falar sobre o projeto. Até o momento,
aliados avaliam que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar a
proposta.
Nesta quarta, o presidente recebeu
líderes partidários no Palácio do Alvorada, em Brasília. Após o encontro, parte
do aliados tentou demonstrar otimismo em relação à corrida por votos.
Relator da reforma da Previdência
na Câmara, o deputado Arthur Maia (PPS-BA) afirmou ao sair da residência
oficial que as negociações para votar a emenda constitucional estão no
"melhor momento".
G1