Segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Daniel Alves da Silva disse que o acidente aconteceu ao tentar desviar de uma carreta; sete veículos se envolveram na batida no último sábado (13)
"Eu estava com o dono do caminhão, ele me chamou para revezar de motorista. Sou habilitado para conduzir caminhão há mais de 10 anos e nunca tinha me envolvido em um acidente", afirmou. (Foto: Reprodução)
O motorista do caminhão suspeito de causar um acidente que matou 13 pessoas na BR-251, no Norte de Minas Gerais, afirmou que perdeu o controle do veículo ao tentar desviar de uma carreta que veio na direção dele. "Infelizmente aconteceu, mas eu não tive culpa", afirmou Daniel Alves da Silva, de 39 anos.A batida aconteceu no sábado (13), envolveu sete veículos e deixou também 39 pessoas feridas – seis delas ainda internadas, além de Daniel. O motorista ainda não foi ouvido pela Polícia Civil, que vai instaurar um inquérito para investigar o caso. No dia do acidente, ele fez o teste do bafômetro, e o resultado foi negativo.
"Estava vindo tranquilo, eu tinha descansado e só lembro quando uma carreta veio para o meu lado. Eu tentei tirar, mas como o caminhão estava em cima [o veículo que Daniel dirigia carregava um caminhão], se eu puxasse muito, ele ia tombar. Em seguida, bati de frente no ônibus", relata o motorista.
Silva contou ao G1 que saiu do Recife com destino a Franca (SP) e que era a primeira vez que passava pelo trecho. Ele disse que era motorista de van escolar e está desempregado desde dezembro. O caminhoneiro afirmou ter ganhado R$ 200 para fazer a viagem que duraria cerca de 35h.
"Eu estava com o dono do caminhão, ele me chamou para revezar de motorista. Sou habilitado para conduzir caminhão há mais de 10 anos e nunca tinha me envolvido em um acidente", afirmou.
"Eu estava dirigindo há mais ou menos 6 horas e andava a cerca de 60 ou 70 km/h”, disse. O dono do veículo morreu no local do acidente e, segundo o motorista, ele estava sem o cinto de segurança.
Daniel Alves da Silva permanece internado em um hospital de Montes Claros. Ele quebrou o braço, passou por uma cirurgia e, segundo a unidade de saúde, deve ser submetido a outro procedimento cirúrgico. "Já fiz contato com a minha família e com a família do dono do caminhão. Estou aqui no hospital sozinho porque não tenho condições financeiras de trazer minha família", relatou.
Click PB com G1