Quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Equipe faz dez
gols em três jogos e não leva nenhum. Goleada por 4 a 0 sobre o Jorge
Wilstermann encaminha classificação para fase de grupos
Yago Pikachu marcou o terceiro dele só nesta Libertadores (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)
A vitória
do Vasco por 4 a 0 sobre o Jorge Wilstermann, quarta-feira, em São Januário,
foi digna de uma nota 10 se tivesse sido avaliada em uma apuração parecida com
a do carnaval. A equipe comandada pelo técnico Zé Ricardo encaminhou a
classificação e deixou a missão na altitude de Sucre (2.810 metros) mais
palatável no jogo da volta, na próxima semana.
Harmonia: dez gols marcados, nenhum sofrido
Até
agora, todos os setores do Vasco na Libertadores funcionaram bem. Foram duas
goleadas por 4 a 0 e uma vitória por 2 a 0. Ou seja: dez gols marcadores em
três jogos e nenhum gol sofrido. Os números mostram que a opção por fazer da
Taça Guanabara uma preparação foi acertada.
Momento do gol de Paulinho, em que logo depois recebe um soco sem querer do goleiro do Jorge Wilstermann (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)
Comissão de frente - garotada ousada, Pikachu certeiro
Paulinho voltou a marcar e fez nova boa atuação.
Evander, que havia feito dois contra o Universidad de Concepción, segue como
quem mais finaliza na equipe. Se Ríos e Riascos ainda não balançaram a rede,
Rildo, mesmo vindo do banco, também chegou ao segundo gol na competição.
O grande destaque neste quesito, no
entanto, é Yago Pikachu. O lateral-direito é o artilheiro com três gols marcados.
Os companheiros brincam internamente que ele é sempre o escolhido para a bola
sobrar limpa para fazer o gol.
Mestre-sala - o argentino elegante
Umas das caras novas do time para
este ano, Desábato já tomou conta da posição em uma rápida adaptação. Com
marcação forte, bom posicionamento e alto índice de acerto de passes, o volante
argentino tem impressionado os torcedores pela elegância.
Contra os bolivianos, foram quatro
desarmes. Os vascaínos já passaram para ele os "latidos" que foram de
Guiñazu e Jean.
Desábato se adaptou bem ao esquema vascaíno (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)
Evolução - Zé Ricardo, o comandante
Estratégias bem definidas, time
compacto, vibrante e jogadores cientes de suas determinações dentro de campo.
Com seu trabalho e de sua comissão, o treinador é o principal responsável por
este início bem-sucedido do Vasco na Libertadores.
- Entramos para fazer um bom jogo, e
quanto mais próximo estivermos do nosso modelo, da nossa forma de jogar, acho
que estamos mais próximos da vitória. Não jogamos porque é bonito, nós fazemos
o jogo ficar bonito - disse o técnico.
Zé Ricardo teve o nome gritado pela torcida depois da galeada por 4 a 0 (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)
Para aumentar ainda mais o mérito, Zé Ricardo não pôde
contar com alguns dos "carros alegóricos" principais: Nenê, Luis
Fabiano e Anderson Martins, que deixaram o clube.
Bateria - torcida vascaína empurra o time
Apesar de não ter lotado o estádio,
os torcedores que foram a São Januário fizeram seu papel e empurraram o time o
tempo inteiro, sem "paradinha", e ditaram o ritmo. No segundo tempo,
quando o Jorge Wilstermann chegou a ensaiar uma pressão, os cruz-maltinos
perceberam e gritaram ainda mais.
- Foram 90 minutos cantando, e a
gente percebe isso - finalizou Zé Ricardo.
Torcida vascaína incentivou muito o time no jogo de quarta-feira (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)
Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro