Terça-feira, 10 de abril de 2018
A equipe criadora do
adesivo espera que este possa se tornar um dispositivo de baixo custo que envie
de maneira regular medições relevantes do nível de glicose.
Com a criação de novo adesivo diabéticos não precisarão mais furar o dedo para medir a glicose (Foto: Reprodução)
Segundo um estudo
publicado nesta segunda-feira (9) pela revista Nature Nanotechnology detalha
um novo adesivo que serve para medir o nível de glicose através da pele,
o que pode fazer com que milhões de diabéticos não precisem usar agulhas para
fazer as medições periódicas.
O
adesivo extrai a glicose do fluido entre as células epiteliais através dos
folículos pilosos, aos quais tem acesso individualmente graças a sensores em
miniatura que usam uma pequena corrente elétrica e recolhem a glicose em pequenos
reservatórios para medi-la.
As
leituras do nível da substância podem ser feitas a cada 10 ou 15 minutos ao
longo de várias horas, segundo o estudo da Universidade de Bath, no Reino
Unido.
Graças
a um conjunto de sensores e reservatórios, o adesivo não precisa ser calibrado
com uma mostra de sangue, o que torna desnecessária a perfuração dos dedos,
comum no processo de medição de glicose.
A
equipe criadora do adesivo espera que este possa se tornar um dispositivo de
baixo custo que envie de maneira regular medições relevantes do nível de
glicose a smartphones e relógios smart do usuário e alerte se é necessário
tomar alguma medida.
"Uma
grande vantagem" deste dispositivo, segundo os pesquisadores, é que cada
sensor em miniatura pode operar em uma pequena área sobre um folículo piloso
individual, o que aumenta a precisão das medições.
Para
este estudo, a equipe testou o adesivo tanto na pele de porcos, onde demonstrou
que podia ler de maneira precisa os níveis de glicose em todas as categorias
observadas em pacientes humanos diabéticos, quanto em pessoas voluntárias, nas
quais também foi possível monitorar as variações de açúcar no sangue ao longo
do dia.
O
próximo passo é melhorar o design do adesivo para otimizar o seu número de
sensores, demonstrar sua total eficácia durante um período de 24 horas e
realizar testes clínicos fundamentais.
Agência Brasil