Segunda-feira, 09 de julho de 2018
A
vacinação contra o sarampo, em todo o país, está abaixo do esperado. Em alguns
estados já tem surto da doença, que estava erradicada no Brasil.
Um chorinho de nada e a carteira de vacinação do Theo está em
dia contra o sarampo. “Hoje ele tomou a segunda dose”, conta o professor Rômulo
Medina. São duas doses: aos doze e aos quinze meses. Mas nem todo mundo está
protegido como o Theo.
Em 2017, 20
estados e o Distrito Federal não alcançaram a meta de imunizar 95% das
crianças. Os piores índices são no Pará, São Paulo e Acre. Atualmente, o Brasil
enfrenta dois surtos da doença: em Roraima e no Amazonas. E há casos
confirmados em outros três estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Neste momento
em que o sarampo volta a preocupar os brasileiros, não apenas as crianças mas
também os adultos estão na mira do Ministério da Saúde. Quem tem mais de 26
anos e nunca teve a doença deve procurar um posto para tomar a vacina.
A orientação
do Ministério da Saúde é a seguinte: pessoas com até 29 anos devem tomar duas
doses; de 30 a 49 anos, uma dose basta; quem tem mais de 50 não precisa se
vacinar porque provavelmente já teve contato com a doença.
Em 2016, o
Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde o certificado de eliminação da
circulação do vírus e não quer perder esse título. “É importante que fique
claro que mesmo com a doença eliminada, ela ainda acontece em outras regiões.
Por isso há necessidade que todo mundo seja vacinado, de acordo com as
recomendações do calendário nacional de vacinação”, afirma Carla Domingues,
coordenadora do Programa Nacional de Imunizações - MIS.
No Rio, há
treze casos sendo investigados. Um deles já confirmado em um primeiro exame,
mas ainda aguarda testes complementares. A proteção contra o sarampo vale para
todos.
“A gente tem
que ter a pro-atividade de se vacinar e não é só a criança. Precisamos entender
definitivamente que se não vacinarmos os adultos, essas doenças erradicadas vão
voltar ao nosso país”, diz Isabella Ballalai, presidente da Sociedade
Brasileira de Imunizações.
Fonte: G1 / JN