Domingo, 05 de agosto de 2018
Alckmin teve sua candidatura homologada por 288 votos a favor, 1
abstenção e 1 voto contra após conquistar apoio do centrão e de PSD, PTB e PPS.
Alckmin na convenção na nacional do PSDB, ao lado de sua candidata a vicem senadora Ana Amélia (PP) (Foto: Reprodução)
O ex-governador de
São Paulo Geraldo Alckmin foi oficializado candidato à Presidência da República
neste sábado (4) em convenção na nacional do PSDB, ao lado de sua candidata a
vice, senadora Ana Amélia (PP).
Alckmin
teve sua candidatura homologada por 288 votos a favor, 1 abstenção e 1 voto
contra após conquistar apoio do centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD) e de PSD, PTB e
PPS, maior arco de aliança entre os presidenciáveis.
Até
chegar no ato deste sábado, o tucano teve que enfrentar meses de crise
partidária e desempenho decepcionante em pesquisas.
Lidou
com a pressão de correligionários para substituí-lo, o deboche de adversários à
esquerda e à direita e o desânimo de sua própria equipe.
Agora,
tem cerca de 40% do tempo de televisão e capilaridade partidária, o que
reverteu o clima de abatimento que assombrava seu entorno. Mas Alckmin agora
tem outra dificuldade: o peso da aliança com partidos conhecidos pelo
fisiologismo e lideranças envolvidas em diversos esquemas de corrupção.
O
tema também atinge o candidato e a sua legenda, o que esvazia o discurso que
sustenta contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, e
o PT, adversário histórico do PSDB.
Sobre
Alckmin pesam suspeitas de caixa dois em campanhas, o que ele nega. Além dele,
o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que não confirmou presença no ato, é réu
acusado de corrupção passiva e obstrução de Justiça na Operação Patmos, da
Polícia Federal. Aécio foi gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS,
pedindo a quantia de R$ 2 milhões. O senador nega qualquer irregularidade.Outra
questão a resolver é dissociar sua imagem da do governo Michel Temer. O
emedebista chegou ao poder com apoio dos tucanos, fiadores do impeachment de
Dilma Rousseff (PT), e o PSDB ocupou ministérios importantes.
Temer
também contribuiu indiretamente para a campanha de Geraldo Alckmin ao ameaçar
tomar cargos de integrantes do governo que apoiassem a candidatura de Ciro
Gomes (PDT), o que pesou na decisão do centrão de se aliar ao tucano.
Paulista
de Pindamonhangaba, Alckmin vai para a disputa aos 65 anos. É médico
anestesista, já foi vereador e prefeito em sua cidade natal. Foi deputado
estadual e federal. Depois, governou São Paulo por quatro vezes.Alckmin foi
escolhido candidato do PSDB à Presidência sob constante ameaça de seu
apadrinhado político João Doria (PSDB), ex-prefeito de São Paulo que disputará
o governo do estado.
Durante
toda a pré-campanha, patinou nas pesquisas, alcançando, no máximo, 7% das
intenções de voto. A essa dificuldade sempre respondeu que a campanha ainda não
havia começado e que o cenário mudaria com o início da propaganda na TV.
Fonte: Com
informações da Folhapress