Sexta-feira, 28 de setembro de 2018
O Ministério da Saúde espera atingir,
até o final do ano, o maior número de doação de órgãos desde 2014. Entre
janeiro e junho deste ano a pasta registrou crescimento de 7%, em relação ao
ano passado, no número de doadores efetivos de órgãos – aqueles que iniciaram a
cirurgia para a retirada de órgãos com a finalidade de transplante.
O número de doadores no primeiro
semestres passou de 1.653 em 2017 para para 1.765 em 2018 e a
expectativa é chegar a 3.530 até o final do ano. O Ministério da Saúde estima
que vai alcançar recorde nos transplantes de fígado (2.222), pulmão (130),
coração (382) e medula óssea (2.684), até o final de 2018.
Entre os órgãos que tem mais demanda do
que oferta para doação, o pulmão é o que apresenta maior defasagem, segundo o
presidente da Associação Brasileira de Transplante de Orgãos (ABTO), Paulo Pêgo
Fernandes. A demanda potencial desse órgão para atender uma população de 210
milhões de pessoas seria de 1,6 mil doações. “A maior defasagem teórica entre o
número de transplantes realizados e o número de transplantes necessários é o de
pulmão, é o que necessitaria aumentar mais a oferta. O transplante de pulmão
exige mais atenção, poucos estados fazem. É um órgão que exige mais cuidado e
tratamento mais adequado do doador”, explica Fernandes.
A expectativa do Ministério da Saúde é
realizar 24,6 mil transplantes até o final do ano, sendo 8.690 de órgãos
sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e pâncreas) – maior número dos
últimos oito anos. Os transplantes de córnea apontam redução em 2018 em razão
da redução da lista de espera em alguns estados. Amazonas, Ceará, Goiás, Pernambuco
e Paraná são considerados em situação de lista zerada com relação ao transporte
de córnea.
Fonte: Agência Brasil