Quarta-feira, 05 de dezembro e 2018
O
novo ministério também vai agregar ainda Fundação Nacional do Índio
Futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fala à imprensa no CCBB (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A advogada Damares Alves assumirá
o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O nome foi anunciado hoje
(6) pelo ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para
a Casa Civil. Assessora do senador Magno Malta (PR-ES), Damares comandará a
pasta que será criada no governo de Jair Bolsonaro, a partir de janeiro.
O novo ministério também vai
agregar ainda Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pela demarcação
de terras indígenas e políticas voltadas para esses povos.
Com este anúncio, a equipe
ministerial já conta com 21 ministros. Segundo Onyx Lorenzoni, o presidente
eleito continua refletindo sobre a escolha para o Ministério do Meio Ambiente,
a última pasta a ter o titular definido.
Apoio
evangélico
Apoiada por setores evangélicos,
Damares Alves, que também é pastora, afirmou que terá como prioridade as políticas
públicas para mulheres. Segunda ela, o objetivo é avançar nas metas que ainda
não foram alcançadas e propôs um pacto nacional pela infância.
“A pasta é muito grande, muito
ampla e agora a gente está trazendo para a pasta a Funai. Nós vamos trazer para
o protagonismo políticas públicas que ainda não chegaram até às mulheres, e às
mulheres que ainda não foram alcançadas pelas políticas públicas.”
De acordo com Damares Alves, a
prioridade será para a “mulher ribeirinha, a mulher pescadora, a mulher catadora
de siri, a quebradora de coco”. “Essas mulheres que estão anônimas e
invisíveis, elas virão para o protagonismo nessa pasta. Na questão da infância,
vamos dar uma atenção especial, porque está vindo para a pasta também a
Secretaria da Infância, e o objetivo é propor para a Nação um grande impacto
pela infância, um pacto de verdade pela infância”, disse.
Funai
A futura ministra negou que
dificuldades e controvérsias envolvendo a Funai serão problemas. “Funai não é
problema neste governo, índio não é problema. O presidente só estava esperando
o melhor lugar para colocar a Funai. E nós entendemos que é o Ministério dos
Direitos Humanos, porque índio é gente, e índio precisa ser visto de uma forma
como um todo. Índio não é só terra, índio também é gente”, afirmou.
Pela manhã, indígenas de diversas
etnias, vinculados à Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib), estiveram
no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e protestaram contra a desvinculação
da Funai do Ministério da Justiça.
Os indígenas entregaram uma carta
a integrantes do governo de transição. Dois representantes do grupo se reuniram
com integrantes do futuro governo. Segundo os indígenas, a manutenção da
autarquia na pasta da Justiça daria mais segurança na defesa de seus direitos.
Fonte:
Agência Brasil