Quinta-feira, 07 de fevereiro de 2019
A medida é visa substituir o programa pelo plano de carreira federal de
médico.
Os
médicos que atuam pelo programa poderão continuar em seus postos de trabalho
até o final de seus contratos, que tem duração de três anos. (Foto: arquivo)
O Governo Federal
vai encerrar Mais Médicos para substituí-lo pelo plano de
carreira federal destinada aos profissionais. As vagas já preenchidas serão
mantidas pelo tempo de contrato, que é de três anos, mas não haverá novos
editais. A informação foi confirmada pela coordenadora do
programa Mayra Pinheiro.
O
projeto ainda está em planejamento e será apresentado "em breve" pela
gestão de Jair Bolsonaro, de acordo com informações dadas ao EL PAÍS por Mayra
Pinheiro, secretária de gestão no trabalho e educação em saúde do Ministério da
Saúde, cargo responsável pelo Mais Médicos.
Segundo
ela, a ideia é que o último ciclo de vagas abertas se encerre nesta semana. E,
a partir disso, não sejam feitos novos editais. Os médicos que atuam pelo
programa poderão continuar em seus postos de trabalho até o final de seus
contratos, que tem duração de três anos.
Notabilizado
pela participação de médicos cubanos, que chegaram ao Brasil por meio de uma
parceria com o Governo da ilha intermediada pela Organização Pan Americana da
Saúde (OPAS), o Mais Médicos foi criado em 2013 pelo Governo Dilma Rousseff
(PT). O objetivo era levar médicos para áreas mais distantes e vulneráveis do
país, que sempre tiveram dificuldades de reter profissionais. Recebeu críticas,
entretanto, pelo modelo de parceria que trouxe os cubanos, já que a ilha
mantinha grande parte dos salários dos profissionais que atuavam em áreas
brasileiras. Em dezembro, após críticas da gestão Bolsonaro e o anúncio de que
a validação dos diplomas passaria a ser exigida por seu Governo, Cuba encerrou
a parceria e retirou seus profissionais, o que gerou uma crise na estrutura de
atendimento, especialmente nos pequenos municípios.
Fonte: ClickPB/ElPaís