Domingo, 26 de maio de 2019
Policiais civis da 19ª DP (Tijuca) fazem uma operação, na manhã
deste sábado (25), para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro de
traficantes do Rio de Janeiro, em especial do Morro do Borel, na Tijuca, Zona
Norte do Rio. A investigação teve início a partir de depósito bancário em
dinheiro cujas notas tinham cheiro de maconha impregnado.
Ao
todo, foram expedidos pela Justiça oito mandados de prisão e outros seis de
busca e apreensão. Às 10h, cinco pessoas já haviam sido presas.
A
ação, batizada de "Shark Attack", também acontece em outros três
estados com apoio das polícias locais. Além da capital do Rio, há mandados de
prisão e busca e apreensão sendo cumpridos em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e em
Curitiba, capital do Paraná.
Cheiro de maconha em dinheiro chamou atenção
A
investigação começou a partir da tentativa da quadrilha de depositar R$ 99,6
mil em notas de pequeno valor em um caixa eletrônico de uma agência bancária na
Tijuca, Zona Norte do Rio, no dia 28 de janeiro deste ano. O cheiro de maconha
impregnado no dinheiro despertou a atenção de pessoas que estavam próximas ao
caixa e que acionaram a Polícia Militar.
Na ocasião, um homem identificado como Tubarão e seu amigo João
Victor foram levados para a delegacia, prestaram depoimento e foram liberados.
A
partir deste dia, iniciou-se uma investigação para rastrear o caminho do
dinheiro. A polícia descobriu um esquema milionário de lavagem de dinheiro do
tráfico de drogas por empresas fantasmas ou fictícias em outros estados.
Além
de alguns traficantes, os laranjas do esquema estão entre os alvos da operação
deste sábado.
“Esta
é uma primeira fase de uma operação que começou há três meses e tem como
objetivo atacar o esquema financeiro das quadrilhas. Do Morro do Borel
descobrirmos um esquema grande envolvendo empresas fictícias em outros
estados”, explicou a delegada Cristiana Bento, titular da 19ª DP (Tijuca).
Uma
das empresas que mais receberam depósitos foi a Hexxa Shows. De acordo com o
Relatório de Inteligência Financeira (RIF) enviado à polícia, foram ao menos 38
depósitos suspeitos em espécie feitos entre 1º de outubro de 2018 e 19 de março
de 2019, com valores entre R$ 50 mil e R$ 85 mil, totalizando R$ 2.208.805.
As
defesas dos suspeitos presos e das empresas que foram alvo da operação não
foram localizados pela reportagem.
Fonte: G1