Segunda-feira, 22 de julho de 2019
Ele
se reunirá neste domingo com equipe econômica para definir saques
Presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro disse
neste sábado (20) que não vai propor o fim da multa de 40% sobre o saldo do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de empregados demitidos sem justa
causa. “Em nenhum momento vocês vão me ouvir falando de acabar com multa de 40%
FGTS”, disse a jornalistas, em entrevista em frente ao Palácio do Alvorada.
Ele ponderou, no entanto, que a
multa virou regra, uma vez que é difícil ocorrer, segundo ele, demissões por
justa causa. “Dificilmente, você dá demissão por justa causa. Mesmo dando, o
cara entra com ação contra você. Dificilmente se ganha ação nesse sentido. Os
patrões pagam [a multa]”, disse.
“Assim como quem estava empregado
ficou mais difícil ser demitido, quem empregava começou a não empregar mais
pensando em possível demissão”, justificou. Apesar disso, afirmou: “Não vou
propor [o fim dos] 40%”.
Nessa sexta-feira (19) à noite, a
assessoria de imprensa do Palácio do Planalto divulgou nota à imprensa negando
qualquer estudo sobre o fim do pagamento da multa.
Saque
do FGTS
O presidente disse ainda que neste
domingo (21) fará uma reunião com ministros para tratar do saque do FGTS. “A
palavra final eu vou ouvir essa semana da equipe econômica”, diz. O governo
estuda liberar o saque de parte do saldo das contas ativas e inativas do FGTS.
A medida injetaria recursos capazes de estimular a economia.
Segundo o presidente, “pequenos
acertos” estão sendo feitos. “Não queremos desidratar a questão do Minha Casa,
Minha Vida, que é importante para quem precisa de uma casa. Não queremos ser
irresponsáveis”. O programa do governo federal, que oferece condições atrativas
para o financiamento de moradias para famílias de baixa renda, usa recursos do
fundo.
Agência Brasil