Sábado, 16 de novembro de 2019
Estudo concluiu ainda que apenas as células sujeitas a radiação
são afetadas pela ação do lítio
Edifício do Instituto Karolinska, na Suécia (Foto: Wikiwand)
Cientistas concluíram, em uma
experiência com ratos, que o lítio pode reverter os malefícios da radiação no
cérebro, podendo o seu uso ser promissor para tratar crianças que foram
sujeitas a radioterapia e desenvolveram posteriormente déficits de memória e
aprendizagem.
Os
autores do estudo, publicado nesta quinta-feira (14) na revista da
especialidade Molecular Psychiatry, não esclarecem se os animais testados eram
saudáveis ou tinham tumores na cabeça, tal como as crianças submetidas a
radioterapia, e se desenvolveram esses déficits.
De
acordo com os pesquisadores do Instituto Karolinska, da Suécia, citados em
comunicado pela instituição, a capacidade de memória e aprendizagem dos
roedores melhorou quando foram tratados com lítio (metal) após, numa fase
inicial da vida, o seu cérebro ter sido submetido a doses de radiação não
especificadas.
A
equipe verificou aumento da formação de novos neurônios (células) em área do
cérebro (hipocampo) que é importante para a memória, durante o período em que
os ratos receberam lítio, na fase de crescimento até se tornarem quase adultos.
Ainda
assim, a autora principal do estudo, Giulia Zanni, considera que o lítio, “dado
segundo as diretrizes do modelo” testado em ratos, “pode ajudar a curar as
lesões causadas pela radioterapia, mesmo ao fim de muito tempo”.
O
grupo de investigação, que pretende avançar para ensaios clínicos, já tinha
sugerido anteriormente que o lítio protege o cérebro contra lesões se for
administrado juntamente com a radioterapia.
Por: Agência Brasil