Segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Até o momento, mais de 1,9 mil pessoas já tiveram diagnósticos
de Coronavírus confirmados na China
Clementino Fraga, em João Pessoa, é unidade de referência para atendimento de casos suspeitos (Foto: Reprodução/Google Street View)
Diante dos casos de
doença respiratória na China, causada pelo novo Coronavírus, o governo do
Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), alerta a população
acerca dos sintomas e formas de prevenção e prepara profissionais de saúde para
atenderem casos suspeitos da doença.
Na Paraíba, as medidas
incluem divulgação de nota técnica para os profissionais de saúde indicando o
fluxo de atendimento, unidade estadual de referência para tratamento, além de
orientações de vigilância em saúde e medidas de prevenção para a população e
profissionais de saúde. O monitoramento de portos e aeroportos é realizado pela
Anvisa. A nota será publicada nesta segunda-feira (27), segundo orientações da
Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
“Nós temos, na rede estadual,
uma estrutura hospitalar preparada para atender casos suspeitos de Coronavírus,
que é o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga, em João
Pessoa. Então para qualquer caso que se encaixe no perfil deve ser solicitada a
transferência para este serviço”. Na eventualidade de ser identificada alguma
vítima em outro serviço da rede, está previsto até o transporte aeromédico para
garantir o melhor tratamento disponível para este paciente. Nós estamos atentos
ao que acontece no mundo e preparados”, garante o secretário estadual de Saúde,
Geraldo Medeiros.
O secretário também falou
sobre a possibilidade de adquirir equipamentos de proteção individual (EPI) em
maior volume, caso seja necessário, além de aumentar a vigilância em portos,
aeroportos e fronteiras, como sugere o protocolo do Ministério da Saúde. “Se
for necessário, iremos aderir a uma ata para aquisição de EPI para proteger
pacientes e profissionais”.
Sobre os sintomas, Geraldo
Medeiros alerta que é recomendado à população que, se tiver febre, tosse ou
dificuldade para respirar, dentro de um período de 14 dias após viagem para
China ou contato direto com pessoa com caso confirmado de Coronavírus, deve-se
buscar imediatamente um serviço de saúde.
Sobre o Coronavírus
Coronavírus é um vírus que
tem causado doença respiratória pelo agente Coronavírus, recentemente
identificado na China. Os Coronavírus são uma grande família viral, conhecidos
desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em serem humanos e
animais. Geralmente, infecções por Coronavírus causam doenças respiratórias
leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns Coronavírus podem
causar doenças graves, com impacto importante na saúde pública, como a Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SARG), identificada em 2002, e a Síndrome
Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Até o momento, mais de 1,9
mil pessoas já tiveram diagnósticos de Coronavírus confirmados na China e 49
estão curadas. Cinquenta e seis mortes, todas localizadas na China, estão
relacionadas com a doença. Dezesseis países registraram casos da doença, nenhum
deles na América do Sul.
Não há nenhum medicamento
específico para conter o Coronavírus. O tratamento indicado inclui repouso e
ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como
analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade, com pneumonia e
insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica
podem ser necessários.
Para reduzir o risco de
infecção pelo novo Coronavírus, a orientação é de “evitar contato próximo com
pessoas com infecções respiratórias agudas, lavar frequentemente as mãos,
especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e
antes de se alimentar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz
e boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar nas mucosas dos olhos; higienizar as
mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como
talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados;
evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou
criações”, alerta o secretário de Saúde.
Com base nas informações
atualmente disponíveis, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda
restrição de viagens ou comércio. “Devemos acompanhar as recomendações, que são
dinâmicas e podem mudar de um dia para outro”, esclarece Geraldo Medeiros. O
Comitê de Emergência da OMS declarou que é cedo para declarar a situação como
emergência em saúde pública de interesse internacional neste momento, devido ao
número limitado e localizado de casos e pelas medidas que já estão sendo
tomadas para que o surto não se espalhe.
Por: Portal
Correio