Quarta-feira, 10 de junho de 2020
Medida garantiria
pagamento da renda emergencial, diz deputado.
Rodrigo Maia voltou a dizer que a Câmara dos Deputados não vai votar aumento de carga tributária, especialmente após a crise provocada pela covid-19. (Foto: reprodução)
O presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta terça-feira (9) uma
discussão sobre o corte de salários de servidores públicos do Executivo,
Legislativo e Judiciário como forma de diminuir o impacto orçamentário
provocado pela pandemia do novo coronavírus.
‘Se
os três Poderes estiverem de acordo, que não seja um corte muito grande,
cortando os salários mais altos por poucos meses, para garantia da renda
emergencial, tenho certeza de que o Parlamento está disposto a dialogar e
conversar para conseguir fazer o que é fundamental: cuidar dos mais
vulneráveis. Temos que construir as condições para continuar transferindo
renda”, disse Maia.
Segundo
o parlamentar, o pagamento de todo o funcionalismo público federal tem impacto
de R$ 200 bilhões no Orçamento da União. Desse total, R$ 170 bilhões são
destinados ao Poder Executivo, R$ 25 bilhões ao Poder Judiciário e ao
Ministério Público e R$ 5 bilhões aos servidores do Congresso Nacional,
incluindo os parlamentares da Câmara e do Senado.
“Todos
os salários [do funcionalismo público] são R$ 200 bilhões no ano, e o
[pagamento] dos R$ 600 são 100 bilhões em dois meses. O Parlamento está
disposto a sentar e dialogar. Essa proposta partiu da Câmara dos Deputados, e
vamos discutir condições de manter essa renda aos mais vulneráveis”, disse o
deputado.
Reforma tributária
Rodrigo
Maia voltou a dizer que a Câmara dos Deputados não vai votar aumento de carga
tributária, especialmente após a crise provocada pela covid-19. No entanto,
afirmou que dedução do imposto sobre a renda é uma discussão importante.
“Vamos
criar um sistema mais simples e vamos avaliar se a tributação sobre o consumo
poderá ser maior do que a da renda, porque isso significa que estamos
tributando mais a base do que a elite”, disse Maia.
“Esse
debate precisa ser feito. Na reforma da Previdência, quem fez o sacrifício
foram os servidores e os trabalhadores. Na administrativa, são os servidores.
Mas, na tributária, serão os empresários porque, se não estiverem dispostos a
contribuir, fica parecendo que vamos colocar todos os sacrifícios no colo dos
trabalhadores e dos servidores públicos”, completou.
Por: Agência Brasil