Terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Matéria do G1
Cédula de R$ 200 traz figura do lobo-guará — Foto: Reprodução
Das 450 milhões cédulas de R$
200 impressas no ano passado, 57,6 milhões, o equivalente a 12,8%, estavam em
circulação até a sexta-feira (12), segundo informou o Banco Central.
O
montante das cédulas que não está nas mãos da população fica em poder do
governo. O Banco Central informou que libera as cédulas de R$ 200 para
circulação de acordo com a demanda e que o ritmo por enquanto está dentro do
esperado.
“O
ritmo de utilização da cédula de R$ 200 vem evoluindo em linha com o esperado,
e deverá seguir em emissão ao longo dos próximos exercícios”, informou a
instituição ao G1.
A
nota de R$ 200 foi lançada no ano passado, em meio à pandemia de Covid-19. É a
sétima da família do Real e a primeira cédula de um novo valor em 18 anos. A
mais recente até então, a de R$ 20, tinha sido lançada em 2002.
Questionado
sobre a previsão para impressão de novas notas de R$ 200 em 2021, o BC informou
que o contrato de fornecimento de cédulas para este ano ainda está em fase de
análise, “sem qualquer definição de quantidades no momento”.
De
acordo com a área econômica, a pandemia foi um dos motivos para o aumento da
procura por cédulas no ano passado, o que levou a instituição a lançar uma nova
nota da família do Real. A pandemia, explicou o Banco Central, levou as pessoas
a “entesourarem” recursos em casa, ou seja, manter reserva em cédulas — algo que
também aconteceu em outros países.
Outro
motivo apontado foi a necessidade de fazer frente ao pagamento do auxílio
emergencial. Boa parte dos beneficiários, sobretudo os de menor renda, preferiu
sacar o benefício em espécie nos primeiros lotes. Depois, em um segundo
momento, a Caixa Econômica Federal facilitou a transferência dos recursos e o
pagamento de contas.
Valor de produção: A
nova cédula, apesar da baixa utilização, é a que custa mais caro. Ao preço de
R$ 325 por milheiro, o valor desembolsado no ano passado pelo Banco Central foi
de cerca de R$ 146 milhões na produção das 450 milhões de unidades.
Depois
da cédula de R$ 200, a de mais cara produção é a de R$ 20, com custo estimado,
em 2020, de R$ 309 o milheiro. Os valores estão sujeitos à variação do dólar.
PIX em alta: A
baixa utilização das cédulas de R$ 200 coincide com uma maior facilidade e
redução de custos para os correntistas realizarem transferências eletrônicas.
Instituído
em novembro do ano passado, o PIX, novo sistema de pagamentos brasileiro em
tempo real, 24 horas por dia e sem custos, completou três meses de operação nesta terça-feira (16).
Segundo
dados do BC, mais de 286 milhões de operações foram finalizadas por meio do PIX
em 2021. As TEDs somam 53,2 milhões de transferências no mesmo período, apenas
18,5% do total do PIX.
Ao
mesmo tempo, o WhatsApp informou na segunda-feira (15) que conversa com o Banco Central para ser
aprovado como um “iniciador de pagamentos” para habilitar o seu sistema de
transações financeiras no aplicativo. Esse modelo de instituição é novo.
Lobo-guará: O
animal escolhido para a nova nota, o lobo-guará, foi o terceiro colocado em uma
pesquisa feita pelo Banco Central em 2000.
A
instituição perguntou à população quais espécies da fauna gostaria de ver
representadas no papel-moeda.
O
primeiro lugar foi a tartaruga marinha, usada na cédula de R$ 2. O segundo, o
mico leão dourado, incorporado na cédula de R$ 20.
Na
cédula de R$ 200, segundo o BC, optou-se pela manutenção de elementos de
segurança já existentes nas cédulas da segunda família do real:
-o número que muda de cor, que muda
do azul para o verde, com uma faixa brilhante parecendo rolar para cima e
para baixo, ao se movimentar a nota;
-a marca-d’água, que apresenta o
valor da nota e a imagem do animal;
-o número escondido, que aparece
quando a nota é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos;
-o alto-relevo, em diversas áreas na
frente e no verso da nota.
Por:
G1