Domingo, 05 de dezembro de 2021
Matéria da Agência Brasil
Cinquenta anos depois, o
torcedor do Atlético-MG pode, enfim, comemorar o título brasileiro. Nesta sexta-feira (2), o Galo derrotou o Bahia por 3 a 2 na
Arena Fonte Nova, em Salvador, assegurando o bicampeonato nacional por
antecedência. Os cinco gols da noite saíram em um segundo tempo eletrizante.
Dois gols foram marcados pelo atacante Keno e um pelo paraibano Hulk.
O Alvinegro foi a 81 pontos e não tem mais como ser alcançado pelo
vice-líder Flamengo, que tem 70 pontos e ainda pode chegar a 79. O Esquadrão de
Aço permanece com 40 pontos, abrindo a zona de rebaixamento.
Da primeira conquista (em 1971) para cá, os mineiros bateram cinco
vezes na trave na busca pelo bi. Em 1977, 1980 e 1999, o Atlético foi à final
do Brasileiro, mas foi superado, respectivamente, por São Paulo (nos pênaltis),
Flamengo e Corinthians. Em 2012 e em 2015, já na era dos pontos corridos, o
Galo foi vice, na ordem, para o Fluminense e novamente para o Timão. Ídolos
históricos como Reinaldo (maior artilheiro do clube, com 255 gols) ou
Ronaldinho Gaúcho (principal nome da conquista da Libertadores, em 2013)
tentaram, mas não conseguiram tirar o Alvinegro da fila.
A espera acabou sob comando do mesmo treinador que levou o time ao
título da Libertadores: Cuca. O Atlético assumiu a ponta do Brasileirão na 15ª
rodada, ao derrotar o Juventude por 2 a 1, fora de casa, e de lá não saiu mais.
Dono do segundo melhor ataque, com 60 gols, atrás somente do Flamengo (67), o
Galo ainda tem a defesa menos vazada da competição, com apenas 27 gols sofridos
em 36 jogos disputados.
Como esperado, o Atlético se lançou ao ataque diante do Bahia
desde os primeiros minutos. Aos quatro, Keno bateu da entrada da área e obrigou
Danilo Fernandes a trabalhar. Aos 17, o atacante soltou a bomba de longe, mas o
goleiro novamente salvou. Aos 39 minutos, quando o lateral Matheus Bahia errou
o tempo de bola, Nacho Fernández invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado,
parando em outra intervenção de Danilo Fernandes. O Tricolor, mais preocupado
com a marcação, aventurou-se pouco à frente. Até finalizou tanto quanto os
mineiros (cinco), mas sem perigo à meta do goleiro Everson.
O Esquadrão voltou do intervalo com mais disposição ofensiva e
equilibrou a partida, saindo na frente. Aos 16 minutos, o zagueiro Luiz Otávio,
de cabeça, aproveitou cobrança de escanteio pela direita e marcou. Quatro
minutos depois, Matheus Bahia cruzou rasteiro pela esquerda e o atacante
Gilberto completou para as redes, ampliando a vantagem.
Os gols acordaram o Atlético, que voltou a marcar pressão e
rapidamente conseguiu o empate. Aos 26, Eduardo Sasha foi derrubado por Luiz
Otávio na área. O também atacante Hulk bateu e converteu a penalidade. No
minuto seguinte, Keno dominou na entrada da área pela esquerda, levou para
dentro e finalizou para vencer Danilo Fernandes. Não parou por aí. Aos 32, o
meia Nathan achou Keno na meia-lua. O atacante chutou com a bola no ar e mandou
no canto do goleiro tricolor, decretando a virada. Desordenado, o Bahia tentou
reagir, mas não o suficiente para estragar a festa alvinegra em Salvador.
O Atlético, já como campeão brasileiro de 2021, volta a campo no
domingo (5), às 16h, para receber o Red Bull Bragantino no Mineirão, em Belo
Horizonte, onde poderá celebrar o título ao lado da torcida. No mesmo dia e
horário, o Bahia tentará a reabilitação diante do Fluminense, novamente na Fonte
Nova. As partidas valem pela 37ª rodada do Brasileiro.
Por: Agência Brasil