Segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Matéria do G1
Um menino de 13 anos confessou que matou a tiros a
mãe, de 47 anos, e o irmão mais novo, de 7, e feriu gravemente o pai, de 57
anos, nesse sábado (19/3) em Patos, na Paraíba. Segundo o depoimento, ele
cometeu o crime porque a família o proibiu de usar o celular para jogar e para
conversar com os amigos e porque era pressionado por notas boas.
O menino foi apreendido pouco depois
do crime e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia
Civil em Patos. Seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de
uma parente. O delegado Renato Leite está responsável pelo caso.
De acordo com Renato, já é possível
fazer uma reconstituição dos fatos. O pai do menino, policial militar
reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de
sair de casa, retirou o celular do menino, no que foi definido pela criança
como sendo “a gota d’água” que desencadeou o crime.
Quando o pai retornou da farmácia, já
encontrou a esposa morta, baleada quando estava deitada. Encontrou o filho com
a arma na mão e pediu para ele soltar o revólver. Ao invés disso, o menino
atirou no pai e o atingiu no tórax, deixando-o gravemente ferido.
Com o barulho dos tiros, o irmão do
suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai. Acabou sendo baleado pelas
costas e morrendo no local.
Ainda de acordo com o delegado, o
suspeito, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai foi levado para o hospital e está
internado em estado grave.
No início, a criança negou o crime. E
a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente de uma
chacina. Depois, contudo, no desenrolar das investigações, ele foi apontado
como suspeito. E, na delegacia, acabou confessando.
A criança está na carceragem da
Polícia Civil de Patos aguardando audiência de apresentação. Segundo o
delegado, é provável que ela seja internada provisoriamente em medida
provisória contra menor infrator. Após a apreciação judicial, ele deve ser ser
enviado para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.
O velório da mãe e do irmão vão
acontecer numa igreja próxima da casa onde a família morava.
Por: G1.