Sexta-feira, 27 de maio-05 de 2022
Matéria do Portal PBAgora
Mal-estar, sensação de
moleza e, principalmente, vômitos e diarreias. Os sintomas estão relacionados à
‘virose da mosca’, que na verdade se trata de um conjunto de doenças que aumentam
a transmissão nesse período do ano de maior umidade. A explicação é do
infectologista do Sistema Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, que detalha
que não há só um tipo de doença, nem apenas um inseto transmissor.
“Devido ao calor e a umidade, aumentam as populações de insetos
como moscas e baratas. Esses insetos podem servir como vetor de transmissão de
diferentes doenças, por isso a ‘virose da mosca’ não é a virose em si, pois
pode ser provocada por vírus, bactérias, protozoários e até fungos, que
costumam ser transmitidos por moscas, mas também por outros insetos”, revela.
O especialista conta que esses
bichos costumam pousar em fezes e ambientes contaminados, assim como param em
cima de alimentos que consumimos e em locais que colocamos as mãos, o que pode
causar o contágio. Uma vez infectado, os sintomas podem durar dias e até
semanas. “O paciente inicia o quadro com vômitos e diarreias, que podem ser
persistentes, várias vezes ao dia, junto com dor abdominal, prostração, moleza
e febre”, lista.
As crianças e idosos são os
grupos que precisam de maior atenção, pois a diarreia constante e vômitos podem
levar à desidratação, que a depender do caso, pode levar à morte. “É necessário
uma atenção especial e uma avaliação mais criteriosa, pois são mais frágeis”,
pontua.
O tratamento, na maioria dos
casos, é feito para amenizar os sintomas. Fernando Chagas orienta pelo repouso,
hidratação e a reposição de microbiota intestinal – população de
micro-organismos que habita o trato gastrointestinal, que geralmente é a área
mais afetada pela infecção.
Prevenção
A forma de prevenção,
conforme o infectologista, é a lavagem das mãos antes e depois das refeições e
do uso do sanitário. “É importante diminuir as populações de insetos em casa
com limpeza, dedetização, uso de telas nas grades, janelas e portas”, orienta o
profissional, que destaca ainda que a higienização das frutas deve ser feita de
forma criteriosa para evitar a infecção.
Por: PB
Agora