Sexta-feira, 08 de julho de 2022
A apoiadores no Palácio do Alvorada,
presidente celebra queda nos preços após aprovação da alíquota fixa para o
ICMS.
O presidente Jair Bolsonaro (PL)
exaltou a queda dos preços de combustíveis a apoiadores nesta quinta-feira (7)
em Brasília. “Os combustíveis caindo bastante, ninguém me culpa agora né?“,
questionou em conversa no cercadinho do Palácio da Alvorada.
Na semana passada, os estados passaram a adotar uma alíquota fixa para o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre os
combustíveis, atendendo ao texto aprovado pelo Congresso. O projeto teve
articulação de aliados do presidente, que acusava os governadores de cobrarem
taxas excessivas da população.
A redução do imposto fez a média nacional do preço da gasolina comum
cair R$ 0,26 na semana passada, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A lei havia determinado que os governos
estaduais não podem cobrar impostos dos combustíveis superior à alíquota geral
do ICMS, que costuma ficar em 17% ou 18%.
“Cai combustível, cai inflação, não temos desabastecimento, não temos
problemas internos, não temos terrorismos”, afirmou Bolsonaro, comparando o
cenário brasileiro ao vivido em países europeus. O continente enfrenta
dificuldades por causa da guerra.
“As barreiras econômicas dos Estados Unidos e da Europa contra a Rússia
não deram certo”, disse Bolsonaro. “A minha linha foi a do equilíbrio”,
declarou. O presidente chegou a visitar o presidente russo, Vladimir Putin, às
vésperas do início do conflito, em fevereiro. Na época, Bolsonaro disse que o
Brasil era “solidário à Rússia”.
Lula critica decreto de Bolsonaro
O presidente editou um decreto nesta quinta-feira (7) que obriga os
postos a exibirem os preços dos combustíveis praticados em 22 de junho de 2022,
data anterior à sanção do projeto de lei que estabeleceu o teto para o ICMS. O
candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou o ato.
“Bolsonaro quer que postos mostrem o ICMS ao lado do preço da gasolina.
Mas quem decidiu o preço dolarizado foi o presidente da Petrobrás, escolhido
por ele”, escreveu o ex-presidente Lula no Twitter.
O petista tem se colocado contra a política de paridade de preços
internacionais da Petrobras.
“Como presidente, enfrentei uma crise em 2008, o barril foi para 147
dólares e a gasolina era R$ 2,60”, disse. Na época, a estatal não corrigia a
cifra dos combustíveis de acordo com os valores no exterior.
Por: Click PB