Quinta-feira, 14 de julho de 2022
Eugênia luta contra
doença neurológica e diz estar abandonada pelo plano de saúde que, segundo ela,
está "intensificando meu sofrimento ao não cumprir com o que determina o
tratamento".
Cansada, sem forças,
com dores. Lutando pela vida a cada dia que passa, a ex-apresentadora da TV
Correio (afiliada da Record) e da TV Cabo Branco (afiliada da Globo em João
Pessoa), jornalista Eugênia Victal, tem denunciado a assistência que vem
recebendo do plano de saúde Cassi, da Caixa de Assistência dos Funcionários do
Banco do Brasil. Conforme apurou o ClickPB, Eugênia luta contra uma doença
neurológica rara e diz estar abandonada pelo plano de saúde que, segundo ela,
está "intensificando meu sofrimento ao não cumprir com o que determina o
tratamento".
Em um dos relatos, a
jornalista mineira que mora e trabalha na Paraíba desde 2007 diz que precisou
de curativo e houve demora de seis dias para que fosse feito, sendo que o prazo
por lei seria de 24 horas. Além disso, foram colocados curativos sobrepostos,
de forma inadequada: "as lesões tornaram-se doídas como queimaduras",
revela Eugênia.
Em meio aos
tratamentos e internações, a jornalista faz diversos apelos ao plano de saúde
de funcionários do Banco do Brasil, o qual estaria dificultando o seu
tratamento. "Um verdadeiro descaso que venho enfrentando com esse plano,
que, mesmo com a urgência de materiais necessários para meu tratamento, sempre
exige um prazo para liberação de utensílios básicos. Isso dificulta ainda mais
o meu tratamento e minha cura contra essa doença", criticou a jornalista.
Eugênia Victal na TV
Eugênia Victal é natural de Belo Horizonte, Minas Gerais. Começou na televisão
em 1996, dedicada à publicidade. Na Paraíba desde 2007, ela já trabalhou na TV
Correio, onde apresentou um programa de variedades a tarde, além de realizar
outros trabalhos. Foi apresentadora do JPB 1ª edição na TV Cabo Branco.
Atualmente, é professora do centro universitário Uninassau.
Tem se dedicado às pautas de inclusão e se descreve como a primeira jornalista
inclusiva do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
Doença
Eugênia Victal enfrenta uma doença neurológica rara associada a outra doença reumatológica,
segundo relatou nas redes sociais, onde mostra as várias idas e vindas aos
hospitais da Paraíba e de outros estados para tratamento. Desde a descoberta,
vem passando por intervenções cirúrgicas e outros tratamentos, tendo,
inclusive, sido operada na região da coluna, onde, justamente, precisa de
curativos nas costas.
O desabafo mais recente foi feito nesta quarta-feira (13). Eugênia relata que
"até agora, nada. Sigo SEM curativos para pele, o que, acamada, é uma dor
e ardor INimagináveis, sem acompanhamento da comissão de pele da @cassi.saude,
abandono e negligência com total ciência do que fazem. Mais amigos da
"INprensa" e da Vida se solidarizaram, compartilhando, e agradeço por
se INserirem nesta luta que é de TODOS NÓS. Não tenho força para lutar, nem o
grito, a não ser palavras...INdissolúveis, quando a saúde deveria ser
INdiscutível e a VIDA deveria ser INquestionável. Eu tenho direito a tudo que
preciso e está prescrito @cassi.saude. Não me negue mais! Já basta a MINHA
luta! Não é só sobre mim, é sobre respeito, tratamento digno, direito à pronto
atendimento, proteção, punição pelas omissões e negligências, cumprimento de
multas judiciais, defesa da VIDA quando, exatamente, não temos condições de
lutar por ela e mais precisamos. É SOBRE TODOS NÓS. INcentive a VIDA. A minha,
a sua, de todos. Todos INclusos. Todos IN."
No dia 1º de julho,
Eugênia contou que voltou do hospital "exausta, as reações são fortes.Isso
faz parte. Só que os dias INternada não poderiam ter sido mais dificultados
pelo plano de saúde @cassi.saude , INtensificando o sofrimento: a pele,
já sensibilizada por tanto tempo acamada, lesionou por curativos
sobrepostos indicados pela comissão de pele da enfermagem da operadora. As lesões
tornaram-se doídas como queimaduras. No hospital, precisando de curativos
ADEQUADOS para não abrirem lesões nas costas e piorar o quadro nas áreas
afetadas, o plano, simplesmente, recebeu o pedido dia 23, no dia da
Internação, conforme a equipe do hospital relatou, e autorizou SOMENTE
dia 29/06, à tarde, menos de 12 horas de eu vir embora!!! A alegação? Teriam 6
dias para liberar!!!! Comigo internada, em urgência, lesionada? NÃO! A
lei diz até 24h! E, em homecare, teria efeito de Unidade Hospitalar. Mas,
eles já têm 3 multas judiciais sem pagar nenhuma, de quê
adianta? A justiça não está INclusa, porque o errado sempre tem direitos que,
quem sofre, não tem. Fiquei 6 dias ferida, com dor INtensa, e foram pular
a fogueira da vaidade no SãoJoão. Que importância tenho, afinal? Agora, em
casa, sem curativos ADEQUADOS, QUANTO TEMPO VOU ESPERAR?? Minha INdignação é só
uma faísca, por tantos que também passam isso... para a @cassi.saude, que eu
apague logo e serei um NÚMERO a menos! TODO DIA uma luta INcessante. Eu só
queria poder descansar, sem ter que lutar tantas batalhas INjustas além de ser
pela VIDA. INjustiça não é IN!!!"
Cansada, sem forças, com dores, mas com
esperança da cura. Eugênia Victal tem enfrentado a doença e o plano de saúde,
para ter direito aos tratamentos e conquistar a liberdade e a vida saudável que
espera restabelecer.
O ClickPB busca contato com o plano de saúde
Cassi para obter resposta sobre a assistência à jornalista.
Por: Emmanuela Leite/Lucas Isídio - ClickPB