Ex-primeira-dama diz que Collor usava fetos em rituais de magia negra
Segunda, 17 de Novembro de 2014
Rosane Malta, ex-Collor, fez revelações sobre
a vida do ex-presidente da República. “Collor tinha conta na Suíça e contas
conjuntas com PC Farias”, diz.
A
ex-primeira-dama Rosane Malta foi por 22 anos a companheira de Fernando Collor
e sua cúmplice em rituais de magia negra e reuniões secretas realizadas quase
sempre na Casa da Dinda, em Brasília. Separada há nove anos por meio de um
divórcio litigioso, ela guarda mágoas profundas do ex-marido. Ele se recusa a
dividir com ela parte do patrimônio milionário acumulado durante o casamento e
a pagar a pensão alimentícia de 30 salários minimos, estabelecida pela Justiça.
Depois
da separação, Rosane teve depressão e conseguiu superar o problema com a ajuda
da igreja evangélica, cujos cultos e obras de caridade ocupam parte da sua
programação semanal. Há dois anos, ela decidiu escrever a própria biografia,
que se confunde com parte da história do governo Collor e do processo de
impeachment sofrido por ele em 1992. Nas 220 páginas do livro que leva o título
“Tudo que Vi e Vivi”, Rosane conta os bastidores de um casamento marcado por
brigas e ambiciosos projetos de poder.
Ela
detalha como o casal virou adepto de magia negra, e como Collor participava de
rituais que incluíam sacríficio de animais e até o uso de fetos humanos. No
livro, relata conversas que ouviu e assegura que o ex-marido mantinha contas
bancárias na Suíça e uma conta conjunta com o tesoureiro de sua campanha, Paulo
Cesar Farias. Embora não apresente documentos, Rosane diz que suas histórias
não são uma narrativa de quem pretende denunciar o ex-marido ou criar fatos
políticos. Segundo ela, a ideia é contar sobre sua vida. Isso inclui fatos que
presenciou durante o casamento com o primeiro presidente do Brasil eleito por
voto popular depois dos longos anos de ditadura.
Istoé