Hulk sonha com retorno e diz que se sacrificou na Seleção
Domingo, 30 de Novembro de 2014
Objetivo: voltar a vestir a
camisa da seleção brasileira. Caminho: boas atuações na Liga dos Campeões. Na
esperança de uma chance com Dunga, Hulk foca na competição europeia, com o
Zenit mais do que vivo na briga por uma vaga no mata-mata. Terceiro colocado do
Grupo C, o clube russo encara o Monaco na última rodada da fase de grupos, fora
de casa, precisando apenas de uma vitória para avançar. Ainda com
possibilidades de terminar na liderança - caso o Leverkusen tropece contra o já
eliminado Benfica - o brasileiro não esconde a vontade de fazer história e
chamar a atenção da comissão técnica da Seleção.
- O grupo
está muito embolado, nós poderíamos estar um pouco melhor se não tivéssemos
desperdiçado dois jogos em casa. Na Liga dos Campeões sabemos que é importante
pontuar em casa. Vamos para o último jogo dependendo apenas de nós para
conseguir a classificação. O jogo é difícil, o Monaco também não quer perder a
chance. Mas vamos para cima. Estamos muito motivados. Voltamos a vencer nos
dois últimos jogos, um pelo Russo e outro pela Liga dos Campeões, então estamos
bem. Faltam quatro jogos para dar uma parada na temporada, dá para descansar um
pouco com a família. Agora é dar o máximo para conseguir os objetivos. Estão de
olho nas atuações pelo Zenit, nós jogamos o campeonato mais importante
envolvendo clubes, é a principal vitrine para a Seleção - destacou o jogador,
em entrevista por telefone.
Sob o
comando de Luiz Felipe Scolari até a Copa do Mundo, Hulk dividiu os
brasileiros, em uma relação de amor e ódio. Enquanto uma parte o defendia,
outra não entendia a utilização do jogador em campo. O comportamento dos
torcedores nunca influenciou o futebol do paraibano, que afirmou ter jogado de
maneira diferente da que costuma atuar no clube. Se aparecer na próxima lista
de convocados, o meia-atacante não vê problemas em repetir a função, caso seja
a vontade de Dunga.
- Estava
tranquilo, tinha a confiança do treinador, fazia o que ele pedia. Não explorava
meu ponto forte, tinha que fazer meu trabalho taticamente, mas fazia na boa
vontade, feliz, para vestir a camisa da seleção brasileira tem que estar
disposto a ajudar. Abdicava um pouco do meu potencial. Se o Dunga me chamar é
porque ele vê como eu jogo, com certeza vou estar pronto, vou dar o meu melhor.
No clube eu jogo mais solto, mais a vontade, perto da área, sempre fazendo
gols, dando assistências. Isso depende de cada treinador.
A
regularidade do jogador em terras europeias despertou o interesse de gigantes
do continente. Desde 2008, com números expressivos em Portugal, com a camisa do
Porto, e atualmente na Rússia, Hulk recebeu sondagens de clubes de ligas
expressivas, mas permaneceu longe dos holofotes, fato minimizado pelo atleta,
que prioriza a sequência e produtividade individual.
- Claro
que sei que alguns clubes chamam mais a atenção do que outros, mas o importante
é eu estar bem. Não adianta eu ir para o Real Madrid ou Chelsea e não ter
oportunidade de jogar. Independe de estar ou não em um grande centro, sei que
estão avaliando.
180 Graus