Polícia prende envolvidos no caso da mulher
espancada em Cabedelo que teve o cabelo cortado a faca a mando de presidiário
Sábado, 31 de Janeiro de 2015
No início de janeiro, a Paraíba virou manchete nacional, por
causa de um vídeo publicado na internet, onde duas mulheres cortaram o cabelo
de uma terceira, numa sessão de espancamentos, tortura e humilhação típica das
que ocorrem nos presídios (entre os presos, para deixar claro). O fato
aconteceu na cidade de Cabedelo.
Foi, inclusive, de dentro das celas que partiu a ordem para
espancar a vítima em praça pública e expor – mais ainda – a Paraíba ao
ridículo, em nível nacional. A mulher surrada teria ido à penitenciária, num
dia de visita qualquer, e dito a um detento que ele estaria sendo traído. O
próprio preso não teria gostado da ‘notícia’ e impôs o castigo à denunciante.
Ninguém melhor do que a própria namorada do apenado para se vingar. Foi o que
ela fez no vídeo.
Mas na última quarta-feira (28) as polícias Civil e Militar, com
o apoio do Ministério Público, desarticularam uma quadrilha que, entre outros
crimes, promoveu aquelas cenas macabras. Paulo Sergio de Azevedo, Neidelane
Virgulino de Freitas, Cleide Morena e Wellington Ferreira serão os indiciados
por organização criminosa, segundo informou o delegado Ademir Fernandes.
O grupo estaria envolvido em homicídios decorrentes do tráfico.
Paulo Sérgio teria articulado também o assassinato da mulher que aparece aos
gritos, com os cabelos arrancados à faca. De acordo com o major Pablo, da PM, a
repercussão que as imagens tomaram na mídia causaram ainda mais ódio nos
torturadores, que não se contentaram com as agressões físicas e pediram a
‘cabeça’ da vítima. A mulher só não morreu porque as polícias chegaram
primeiro.
Mais uma prova de que muitos crimes aqui fora têm ‘umbigo’
dentro das prisões.
Da Redação do Expresso PB
Com Portais