Pedro Cunha Lima nega ‘posar de
santo’ ao rejeitar auxílios e fala em economia de R$ 146 milhões
Segunda-feira, 02 de Março de 2015
O deputado federal
Pedro Cunha Lima (PSDB) que abriu mão de benefícios na Câmara Federal, se
defendeu da polêmica gerada, afirmando que não quis se ‘passar de santo’ e
pediu que os outros deputados seguissem seu exemplo.
Pedro, que é filho de
Cássio Cunha Lima (PSDB), recusou o auxílio-moradia, já que mora com o pai, que
é senador, em Brasília e o auxílio passagem para as esposas, pois também não é
casado.
O tucano reclamou da
medida estabelecida pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), apontando
que a classe política enfrenta crise no país e que no momento de maior desgaste
que é necessário retomar a confiança das pessoas ‘vem uma medida da câmara
federal’.
“Não faz sentido
andar em dessintonia e abro mão de qualquer aumento que venha a ter”, afirmou.
Questionado sobre
querer estar se passando como puro, o deputado afirmou apenas que tenta fazer
sua parte e não vê problemas em ter sido interpretado desta forma. “Que pelo
menos estimule os outros. Se todos pensarem como eu fiz, terá uma economia de
R$ 146 milhões. O que importa é enxugar as contas, gastar menos com o
parlamento”, afirma lembrando que o parlamento brasileiro é o segundo mais caro
do mundo.
Este mês ao o
acumulado do IPCA dos últimos quatro anos aos vencimentos atuais, os deputados
federais verão os contracheques subirem dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 33,7
mil. Desta forma, também vai aumentar o gasto que o país terá com cada
parlamentar.
O novo subsídio já
está valendo desde o dia 1º de fevereiro e cada parlamentar pode custar
mensalmente R$ 1.792.164,24 aos cofres públicos. Este valor leva em conta os 13
salários anuais, a média de gastos da ajuda de custo, do cotão, do
auxílio-moradia e dos gastos com verba de gabinete.
Marília Domingues