Domingo, 24 de Maio de 2015
Campeão resiste à blitz imposta pelo
brasileiro, mostra coração, leva para baixo e usa ground and pound agressivo
para nocautear o Fenômeno ainda no primeiro assalto
Vitor
Belfort tentou. Superou o banimento do TRT, preparou-se como nunca para conquistar o terceiro cinturão do UFC de sua carreira
e teve a chance de deixar o octógono com uma conquista histórica. Mas do outro
lado havia um lutador excepcional.
Chris Weidman, duas vezes algoz de Anderson
Silva, aumentou sua invencibilidade para 13 lutas ao derrotar o brasileiro por
nocaute técnico, aos 2m53s do primeiro round, no co-evento principal do UFC
187. O Fenômeno chegou a assustar os americanos ao colocar o rival contra a
grade com uma sequência de socos que, contra muitos outros adversários, seria
fulminante. Mas o "All American" mostrou que tem um grande poder de
absorção e venceu a batalha da juventude contra a experiência.
- Eu
tinha programado na mente que seria uma luta agarrada. Mas quero uma salva de
palmas para Vitor Belfort, ele é uma lenda do esporte. Eu sou a última pessoa
que gosta de falar mal dos outros, só tinha algo de errado com seus testes. Mas
não quero xingar ninguém - afirmou Weidman, após o triunfo.
Weidman
não esperou muito tempo para conectar seu primeiro golpe. Assim que
Herb Dean ordenou o início, o campeão acertou um chute alto. Pouco depois, ele
jogou dois chutes altos no vazio. Mas em começo de luta, é bom não vacilar
contra Vitor Belfort. O Fenômeno foi como um trator para cima, encurralou o
rival na grade, acertou uma série de socos e deu a impressão de que
nocautearia. Mas ninguém é dono de um cinturão do Ultimate a toa. E o "All
American" mostrou que tem coração de campeão, absorveu bem os golpes,
colocou o rival para baixo e, dali em diante, passeou no solo. Com imensa
facilidade, ele passou a guarda, montou e aplicou um ground and pound
extremamente agressivo. O árbitro até esperou bastante, mas Vitor já estava
entregue. Não havia mais o que fazer. O americano ainda fez sinal de
"não" para o brasileiro ainda caído.
Combate/Globo.com