Terça-feira, 29 de Setembro de 2015
Presidente do Brasil, Dilma Rousseff
Em discurso na abertura da
Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28), a presidente Dilma Rousseff
admitiu que o ciclo de crescimento econômico do Brasil "chegou ao
limite" por "razões fiscais internas" e externas.
"Por seis anos, buscamos
evitar que os efeitos da crise mundial que eclodiu em 2008, no mundo
desenvolvido, se abatessem sobre nossa economia e nossa sociedade. Por seis
anos, adotamos um amplo conjunto de medidas reduzindo impostos, ampliando o
crédito, reforçando o investimento e o consumo das famílias", afirmou
Dilma. "Esse esforço chegou agora no limite, tanto por razões fiscais
internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo."
Ao comentar os esforços do
governo, Dilma afirmou que "a lenta recuperação da economia mundial e o
fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso
crescimento. A desvalorização cambial e as pressões recessivas produziram
inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas
públicas".
A presidente disse que o
governo está "reequilibrando o nosso Orçamento e assumimos uma forte
redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento.
Realinhamos preços, estamos aprovando medidas de redução permanente de gastos.
Enfim, propusemos cortes
drásticos de despesas e redefinimos nossas receitas."
Segundo Dilma, "estamos
num momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais
sólido e mais duradouro. Além das ações de reequilíbrio fiscal e financeiro, de
estímulo às exportações, também adotamos medidas de incentivo ao investimento
em infraestrutura e energia".
Folha Press

