Sábado, 26 de Setembro de 2015
Petrobrás aumenta preço do gás pela segunda vez no mês, enquanto a Anatel aprovou reajuste de ligações para celular
Liminar judicial terá impacto de até 8%
na conta de luz residencial (Foto: Arquivo Correio)
na conta de luz residencial (Foto: Arquivo Correio)
Uma das maiores vilãs da
alta inflacionária do Brasil deste ano, a conta de luz das residências pode
subir mais 8% ainda este ano a depender da região do país.
O aumento é devido ao
cumprimento de decisão judicial que levou a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) a livrar, na quinta-feira (24), os integrantes da Associação
Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores
Livres (Abrace) do pagamento de parte dos programas bancados pelo fundo
setorial Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Sem o dinheiro das indústrias, as despesas terão que ser pagas
pelos consumidores residenciais. Com o novo rateio, a Aneel estima que as contas
de luz terão que subir até 8% no próximo reajuste tarifário, que, dependendo da
empresa, pode ser ainda neste ano ou apenas em 2016. A Light, do Rio de
Janeiro, por exemplo, passará por reajuste em novembro, mas a Coleba, que
atende a Bahia, tem aumento anual nos meses de maio.
De acordo com cálculos da Aneel, as distribuidoras, assim como
os consumidores, terão suas receitas afetadas, só que em até 5%. As empresas
terão que pagar o encargo com caixa próprio até a data do próximo reajuste. O
diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que as companhias que tiverem
desequilíbrio econômico-financeiro poderão apresentar pedidos de reajuste
extraordinário.
Relator do processo, o diretor André Pepitone disse que o órgão
regulador ainda tenta derrubar a decisão favorável à Abrace no Tribunal
Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) e no Superior Tribunal de Justiça
(STJ).
A Abrace entrou na Justiça e conseguiu livrar seus associados de
recolherem o encargo sob a tese de que essas despesas deveriam ser pagas apenas
pelos consumidores do mercado cativo. Ao todo, os gastos questionados pela
Abrace atingem R$ 6,9 bilhões.
Petrobras
aumenta preço do gás pela segunda vez no mês
Em busca de alternativas para reverter sua fragilidade financeira, a Petrobras anunciou, ontem, novo reajuste no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas distribuidoras - a segunda alta em menos de um mês. Mas, dessa vez, o reajuste não afeta o preço do botijão de 13 kg, destinado ao uso residencial.
Em busca de alternativas para reverter sua fragilidade financeira, a Petrobras anunciou, ontem, novo reajuste no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas distribuidoras - a segunda alta em menos de um mês. Mas, dessa vez, o reajuste não afeta o preço do botijão de 13 kg, destinado ao uso residencial.
Válida a partir de hoje, a alta média de 11% afetará os preços
do gás destinado a uso industrial, comercial e a granel. Com o reajuste, o
produto custará no país em média 63% mais caro que no mercado internacional.
Em nota, a estatal informou que espera um impacto sobre o preço
cobrado ao consumidor final de 5%, de acordo com a destinação do produto. Para
o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigas), entretanto,
o impacto pode chegar a até 10%. O aumento, porém, não terá impacto na inflção
oficial (IPCA), que só leva em conta para o cálculo da taxa o botijão de 13 kg.
Anatel
aprova reajuste de custo de ligações de fixo para celular
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou em reunião ontem um reajuste de até 7,3% nas tarifas para as chamadas feitas de telefones fixos para celular.
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou em reunião ontem um reajuste de até 7,3% nas tarifas para as chamadas feitas de telefones fixos para celular.
O reajuste será de 5,54% no caso de ligações originadas por
telefones fixos da Oi; de 3,38% no caso da Telefônica Brasil, que também é dona
da Vivo; de 5,97% para Algar Telecom e Sercomtel; e de 7,3% para a Embratel, do
Grupo Claro.
Os percentuais de reajuste distintos para cada concessionária
são resultantes de períodos diferentes considerados para o cálculo do índice,
segundo informou a Anatel à agência de notícias Reuters. O reajuste nos preços
das ligações fixo-celular entra em vigor 48 horas após a sua publicação no
Diário Oficial da União. Até a noite de ontem não havia previsão de quando a
publicação seria feita.

